Conselho Municipal da Mulher de Maringá não divulga ata nem vídeo de reunião e nega acesso de advogadas
O Conselho Municipal da Mulher de Maringá virou um tema complicado de lidar desde que, na reunião do mês passado, pediram que o representante da Delegacia da Mulher se retirasse da reunião virtual sem justificativa. A presidente licenciada, Eva Coelho, chegou a ir à tribuna da Câmara Municipal de Maringá para dizer que a informação era “mentira” e “calúnia” do jornalista Angelo Rigon.
Na segunda-feira aconteceu mais uma reunião do CMMM e uma das pautas foi justamente a mudança da ata da videoconferência em que pediram a retirada do delegado Rodolfo Vieira Nanes, e ainda a questão das gravações, que não são disponibilizadas aos cidadãos. Parte das conselheiras foi contra a mudar a ata para constar que houve pedido para que o delegado se retirasse, e a respeito da divulgação da gravação do encontro a maioria disse que não autorizava o uso de sua imagem e som. Por ter caráter público, a divulgação da íntegra das reuniões do CMMM deve se impor a qualquer tipo de autorização de uso de imagem.
Houve, desta vez, muita divergência sobre o que aconteceu no dia em que o delegado foi convidado a se retirar, apesar de convidado, já que legalmente a Delegacia da Mulher integra o Conselho Municipal da Mulher de Maringá. Enquanto algumas conselheiras diziam se lembrar do pedido para ele sair, outras disseram que não se lembram disso. Uma nova reunião acontecerá só para tratar da questão.
A coordenação do CMMM negou que um grupo de advogadas ligadas a movimentos de mulheres pudesse assistir/ouvir a reunião virtual. O CMMM, repita-se, é público e, portanto, suas sessões ordinárias também. Foram feitas reclamações junto à Prefeitura de Maringá sobre a negativa. O grupo que comanda o CMMM é o mesmo que integra ao menos outras duas entidades ligadas a mulheres, só que, por ser órgão ligado à Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, o conselho tem o dever da transparência. (leia mais)