Cotidiano

Sediar COP 25 seria importante, mas decisão de Bolsonaro deve ser respeitada, diz futuro ministro

Indicado para o Ministério do Turismo, Marcelo Antônio falou sobre o tema no gabinete de transição. Bolsonaro diz que pediu o cancelamento da Conferência do Clima no Brasil em 2019. Futuro ministro do Turimo, Marcelo Álvaro Antônio, concede entrevista coletiva no gabinete de transição
Guilherme Mazui/G1
Anunciado como futuro ministro do Turismo, o deputado Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) afirmou nesta quarta-feira (28) que a Conferência do Clima de 2019, a COP 25, seria importante para o turismo no Brasil, mas disse respeitar a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Mais cedo, nesta quarta, Bolsonaro afirmou ter pedido ao futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para o Brasil não sediar a conferência das Nações Unidas sobre o clima.
“Todo evento de grande porte como a COP, realizado no país, é de importância. A gente precisa discutir a questão climática e todos os outros temas que estão relacionados ao turismo”, afirmou o futuro ministro do Turismo.
Questionado, então, se conversou sobre o tema com Bolsonaro, Antônio respondeu: “Não conversei com o presidente ainda. Se a posição dele é essa [cancelar], obviamente a gente respeita a posição do presidente. Vou conversar com ele para a gente ter um alinhamento das ideias.”
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Marcelo Álvaro Antônio deu as declarações durante uma entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde funciona o gabinete de transição.
Antes de Bolsonaro dar a informação sobre o cancelamento da conferência, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tentou orientar a resposta do presidente eleito. “Nós não temos nada a ver com isso. Isso é uma decisão do Itamaraty”, disse Onyx a Bolsonaro, em tom mais baixo.
Mesmo assim, Bolsonaro respondeu dizendo que interferiu para que a conferência não acontecesse.
Acordo de Paris
No começo de setembro, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro ameaçou retirar o Brasil do Acordo de Paris (assinado por 195 países com o objetivo de reduzir o aquecimento global) porque, no entendimento dele, o Brasil teria de abrir mão de 136 milhões de hectares na Amazônia e isso afetaria a soberania nacional.
Depois, durante uma entrevista coletiva, o presidente eleito afirmou que não vai tirar o Brasil do acordo, embora afirme que o país pode cumprir as metas sem fazer parte de acordos internacionais sobre o clima.
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redação

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