Pedido de cassação contra vereadora será lido hoje na Câmara de Maringá
Giselli Bianchini (PP) deve responder por infração político-administrativa e falta de decoro parlamentar
A vereadora bolsonarista Giselli Bianchini (PP) pode enfrentar uma Comissão Processante e perder o mandato, assim como aconteceu recentemente com Cristianne Costa Lauef. O pedido de constituição de Comissão Processante para confirmar as acusações de infração político-administrativa e quebra de decoro parlamentar, entre outras possíveis irregularidades, será lido na sessão de hoje da Câmara Municipal de Maringá, que começa às 9h30.
A denúncia foi protocolizada pelo jornalista Gilmar Ferreira com fundamento no artigo 7º do decreto-lei nº 201/1967, na Lei Orgânica do Município de Maringá, no Regimento Interno da Câmara Municipal. O documento faz referências a organização de manifestações antidemocráticas, antes e durante o exercício do mandato. Cita O Diário de Maringá, que destacou a atuação do grupo “Patriotas de Maringá”, liderado por Giselli Bianchini, apontando que poderia ser enquadrado na Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito (lei nº 14.197/2021). Vídeos em que ela incita intervenção militar acompanham a denúncia.
Ao assumir que organizou atos de natureza antidemocrática e ao conclamar por intervenção militar, a vereadora Giselli Bianchini “excedeu os limites do mandato, ferindo de morte a dignidade da função legislativa e expondo a Câmara Municipal de Maringá a desprestígio institucional”. A vereadora também é acusada de mentira e imputação falsa em plenário contra colega parlamentar, no caso a professora Ana Lúcia Rodrigues. Ela referiu-se a um suposto projeto e, apesar de desmentida, insistiu e reiterou a inverdade.
Outras mentiras ditas da tribuna e por redes sociais são citadas na denúncia, apontando que Bianchini “falseia o debate público e utiliza o espaço da tribuna para a propagação de inverdades”. Ela também é acusada de usurpação de autoria de projeto e uso indevido de impertinente do expediente “pela ordem”, interrompendo indevidamente os trabalhos legislativos e causando constrangimento às sessões, com a finalidade de quebrar a ordem procedimental das sessões; constranger colegas parlamentares; e atrasar ou tumultuar o processo legislativo.
Bianchini também é citada por ameaçar colega em reunião da Comissão de Constituição e Justiça e instrumentalização da fé religiosa. (inf Angelo Rigon)



