Moradores de Maringá não querem instalação de instituição para menores infratores

Moradores da região do Jardim Campos Elísios, em Maringá, protestaram no fim da manhã desta terça-feira, 7, contra a possível instalação de uma instituição voltada para a internação de menores infratores. Eles fecharam um trecho da Avenida Tuiuti, nas proximidades de onde está prevista a construção da Casa de Semiliberdade.
O local escolhido é um terreno que pertence ao Governo do Paraná. De acordo com a Prefeitura, a instalação seria uma demanda do próprio Executivo Estadual.
Dezenas de moradores compareceram ao ato carregando cartazes. Alguns políticos, com os vereadores Mário Verri (PT) e Professor Pacífico (Novo) e a ex-vereadora Cris Lauer (Novo) também marcaram presença.
Segundo a Prefeitura, a “Casa de Semiliberdade visa promover a educação de adolescentes em conflito com a lei com disciplina e propósito”. Conforme o município, a escolha do terreno próximo ao bairro se justifica pela infraestrutura do local. “O terreno do Estado é estrategicamente localizado próximo a instrumentos públicos importantes para o acolhimento e ressocialização, como escola e unidade de saúde. Cidades próximas, como Londrina e Paranavaí, já possuem unidades semelhantes sem registros de aumento da violência ou de problemas com a vizinhança”, diz o Executivo em um trecho da nota.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Maringá, “o Governo do Estado e a Prefeitura realizaram visitas para conhecer as casas em Londrina e Paranavaí, onde foi possível conversar com vizinhos e entender o funcionamento do serviço. Em Maringá, a Prefeitura tem tratado com a Secretaria Estadual de Justiça sobre a possibilidade de a unidade receber adolescentes do público feminino”.
O Maringá Post entrou em contato com o Governo do Paraná, que também se manifestou por meio de nota oficial. Leia na íntegra:
“Está prevista a construção de unidade de semiliberdade para até 15 adolescentes. Ela foi determinada por ação judicial, oriunda da 17a. Promotoria de Maringá, com ajuste local que culminou na doação de um imóvel pela Prefeitura do município, destinado exclusivamente para este fim, bem como na consequente doação de recursos públicos oriundos do FIA (Fundo para a Infância e Adolescência) para a execução da obra. Já foram investidos, em 2019, R$ 182.342,40 na fundação da obra (15%) e há determinação judicial com o estabelecimento de multa para o Governo do Estado. A Seju (Secretaria de Justiça) está ciente da demanda da população e o diretor de Justiça da secretaria vai a Maringá para conversar com o prefeito e autoridades locais nos próximos dias.” (inf Victor Ramalho/Maringa Post)



