Decepcionante essa gestão
Em ofício, presidente da Câmara de Maringá coloca em dúvida versão da imprensa de que houve agressões verbais ocorridas durante sessão na semana passada

Depois do constrangimento provocado por uma empresária dentro da sala de imprensa da Câmara de Maringá, no dia 18, atacando jornalistas, chegou a vez da presidência da casa colocar em dúvida os representantes da imprensa local.
Ao responder o site O Fato Maringa, nesta semana, a presidente Majorie Catherine Capdebosq (PP) diz no primeiro parágrafo de um ofício refere-se a “supostas agressões verbais”, colocando em dúvida os profissionais e servidores que lá estavam quando a empresária fez o pampeiro. As agressões foram presenciadas por três vítimas e documentadas em áudio e vídeo e amplamente reproduzidas nos veículos de comunicação e na nota de repúdio do Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná.
A Câmara, representada pela presidente, respondeu a uma denúncia de agressão a jornalistas sem apurar, sem ouvir testemunhas, sem ouvir as vítimas, que são transformadas em culpadas. O Legislativo, que em 2017 foi palco de covardes agressões a integrante da imprensa, precisa se pautar por uma postura menos arrogante e mais séria. O ofício afirma que o chefe da segurança esteve presente durante toda a sessão na entrada da sala de imprensa; no entanto, quando os fatos aconteceram, ele não estava.
Em outro trecho, assinala que “a sala é destinada também aos assessores de gabinetes que precisam acompanhar os vereadores” e que infelizmente o espaço, recentemente batizado com o nome de Verdelírio Barbosa (que, vivo fosse, estaria defendendo a categoria), “não comporta uma ampliação”. Depois de frisar que a imprensa é o elo entre o Legislativo e a sociedade, afirma que “incentivamos que os profissionais que se sentirem violentados no exercício de suas funções busquem junto aos órgãos competentes a punição deste crime”. O texto, que cheira uso de inteligência artificial, é um balde de água fria nos que esperavam posições em defensa daquele poder, que serviu de tablado para as agressões, e de qualquer infração que possa ser cometida. (inf Angelo Rigon)



