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YouTube derruba vídeo de ‘audiência pública’ contra passaporte sanitário realizada na Câmara de Maringá

Evento reuniu principalmente quem é contra a vacina e o passaporte sanitário; video violou regras do YouTube

O YouTube removeu o vídeo com a “audiência pública do passaporte sanitário” realizada pela Câmara Municipal de Maringá, no dia tal, por solicitação da vereadora Cristianne Lauer (PSC). O vídeo foi derrubado por ter violado as diretrizes de desinformação médica. O evento só contou com a participação de palestrantes que são contrários à vacina contra a covid-19 e ao passaporte sanitário como medida de proteção contra a doença. foi realizada das 14 às 17h do dia 29 de novembro. Do Legislativo, que autorizou o encontro que não teve características de audiência pública, participou, além de Lauer, o vereador Biazon (PSL). Na plateia, um pequeno grupo segurava bandeiras do Brasil e cartazes contra o passaporte sanitário.

O vídeo, de 3h31, não consta mais do canal da Câmara de Maringá no YouTube, onde teve mais de 10 mil visualizações. Da reunião – também transmitida pelo perfil da Câmara no Facebook – participaram da mesa principal os dois vereadores, o ex-vereador e ex-secretário de Saúde Heine Macieira, o advogado Carlos Eduardo Buchweitz, Zairon Mello, do Instituto São Roberto Belarmino e o presidente da Ordem dos Pastores Evangélicos de Maringá (Opem), Alexandre Ferrarezi. O cerimonial agradeceu ainda as presenças de um representante do deputado estadual Homero Figueiredo Lima e Marchese (Pros) e outros dois pastores evangélicos. A maior parte dos palestrantes participou de forma virtual, entre eles a advogada bolsonarista Maria Emilia Gadelha Serra, que foi candidata a vereadora em Teresina (PI), mas não se elegeu. Durante o evento Macieira, que responde procedimento no Conselho Regional de Medicina associado ao tratamento precoce, disse que não se vacinou e nãos e vacinará contra a doença.

A ‘derrubada’ do vídeo pelo YouTube é também um alerta à mesa executiva do Legislativo maringaense, que autorizou a reunião travestida de audiência pública. A rede social, que recentemente derrubou um vídeo em que o presidente Jair Bolsonaro associava a vacina contra a covid-19 à aids, derruba vídeos que desrespeitam as regras da plataforma. As diretrizes do YouTube estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. “Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou qual a sua opinião política”, informou a rede recentemente no caso do presidente. (inf Angelo Rigon)

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