Vereadora mais votada do Novo, Cris Lauer, é condenada por improbidade administrativa
Vereadora Cris Lauer, do Novo, é condenada por improbidade administrativa

Depois de 1.025 dias de tramitação, saiu a sentença da ação movida pelo Ministério Público contra a vereadora Cristianne Costa Lauer (Novo). Ela foi condenada por improbidade administrativa (enriquecimento ilícito) pelo juiz Marcio Augusto Matias Perroni, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá; da última legislatura com 15 vereadores, tornou-se a única condenada com base na lei 8.49/1992, a Lei da Improbidade Administrativa.
Cris Lauer terá que devolver aos cofres públicos a importância de R$ 19.638,02, que foram acrescidos ilicitamente ao patrimônio, além de pagar multa civil equivalente ao mesmo valor e as custas do e demais despesas processuais. Inicialmente a Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público havia solicitado a perda do mandato e suspensão dos direitos políticos, mas posteriormente o promotor abriu mão do pedido.
A vereadora utilizou seu ex-chefe de gabinete, o advogado Bruno Di Lascio, para cuidar de seus interesses particulares. Um dos trechos refere-se a um áudio veiculado em primeira mão pelo Blog do Rigon em que ela conversa com seu ex-servidor e confirma as alegações do MPPR contra ela. “De fato, após a oitiva do áudio, verifica-se que seu conteúdo é deveras esclarecedor acerca da existência de um combinado de vontades entre a vereadora e seu ex-servidor para que este atuasse no patrocínio de seus processos judiciais enquanto figurava como chefe de gabinete. Pelo discurso percebe-se, com efeito, que o foco de atuação do advogado não era direcionado a atividades de assessoramento ou coordenação dos demais assessores no gabinete da vereadora ré, que seriam suas atribuições do cargo público, mas sim a defesa, perante a Justiça, em processos de cunho pessoal movidos em face da parlamentar”, diz trecho da sentença.
Na ação, a vereadora demorou para ser notificada. No final do ano passado o PT local ingressou com pedido de cassação de Lauer por falta de ética e de decoro diante dos fatos narrados. A ação acabou sendo arquivada por decisão do então presidente, que narrou inclusive ter sido vítima de ataques por causa do processo.