A Prefeitura de Maringá formalizou no início da tarde deste sábado, 26, a instalação de um comitê gestor de crise para acompanhar as consequências da paralisação dos transportadores. O comitê, formado por secretários municipais, vai concentrar e avaliar medidas para reduzir o impacto do desabastecimento de combustível nos serviços oferecidos pelo município ao cidadão. Funcionará como instância extraordinária de assessoramento para pactuar decisões urgentes em relação a diversos aspectos de funcionamento da gestão pública.
Diversas medidas já foram adotadas, como o abastecimento seletivo da frota do município, priorizando veículos que trabalham em atividades essenciais, como saúde e coleta de lixo. Na educação, foram suspensas as aulas de segunda a quarta na rede municipal de ensino, considerando a falta de gás de cozinha para o preparo da merenda e de hortifrutís. O Hospital Municipal também adotou medidas para preservar o atendimento de internados e casos de urgências e emergências. No aeroporto, a escassez de combustível pode provocar a suspensão de voos na próxima semana.
“Entendemos que vivemos uma situação bastante delicada e precisamos nos organizar para enfrentar problemas criados pelo desabastecimento de combustível, sempre tendo em perspectiva a preservação dos serviços essenciais ao cidadão”, disse o prefeito Ulisses Maia. O comitê já foi informado, entre outros problemas, de empresas que disputam licitações e que não podem se deslocar para participar de pregões presenciais, por exemplo. Os casos específicos serão avaliados e não se descarta a suspensão de licitações.
A Procuradoria Geral do Município também já se prepara para agir judicialmente para garantir o fornecimento de combustível para a manutenção de serviços essenciais, caso a manifestação se prolongue. Não se destacar ainda a redução da jornada de trabalho no Paço Municipal como forma de reduzir o consumo de insumos, considerando a dificuldade de abastecimento, por exemplo, de produtos de higiene. O comitê também vai buscar entendimento com instituições da sociedade organizada para adotar discutir problemas comuns, como do transporte coletivo.
O secretário interino de Gestão e coordenador do Procon, Rogério Calazans, e o secretário de Fazenda, Orlando Chiqueto, coordenaram a reunião de instalação do comitê. “Precisamos adotar ações coordenadas para enfrentar um problema que pode se agravar com o prolongamento do manifesto dos caminhoneiros”, disse Calazans. Chiqueto também destacou a importância de centralizar o entendimento dos problemas e garantir ao prefeito todas as informações para que as decisões sejam tomadas.