Nos grupos, bolsonaristas revelam receio em votar contra prisão de Brazão
Deputados da oposição, inclusive os integrantes da bancada da bala, como o Sargento Fahur, um dos que defendiam que “bandido bom é bandido morto”, entendem que não podem defender prisão de outros e proteger um deputado acusado de ser mandante de crime, como Chiquinho Brazão
Deputados federais bolsonaristas radicais, como o Sargento Fahur (PSD), de Maringá, pensam em votar pela cassação do colega Chiquinho Brazão, apontado pela Polícia Federal como um dos mandantes da morte de Marielle Franco. Fahur atua em redes sociais defendendo que “bandido bom é bandido morto”.
De acordo com Evandro Éboli, no Correio Braziliense, a tendência é boa parte votar a favor da prisão. Há o receio de serem acusados de defensor de suposto criminoso. O jornal de Brasília teve acesso a mensagens trocadas no grupo de WhatsApp “Oposição Raiz”. O deputado Sargento Fahur (PL) ponderou que os integrantes precisam conversar bastante e pensar nas consequências.
“Não podemos ser hipócritas e tampouco tachados de defensores de assassinos. Precisamos, na minha opinião agir em bloco. Explicando necessariamente nosso voto. Será assunto comentado por muito tempo”, afirmou Fahur, que é da linha mais radical da bancada da bala.
O deputado Zé Trovão (PL-SC) também demonstrou preocupação, se votarem contra a manutenção da prisão de Brazão, de serem “massacrados” por suas bases políticas e sobre o receio da imprensa divulgar que “direita defende a não prisão de um deputado assassino”. Nesta hora, prevalece a autopreservação política.