Após assembleias realizadas nesta sexta-feira (6), os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos optaram pelo fim da greve, deflagrada nacionalmente no dia 19 de setembro. As reuniões foram realizadas em Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa, Guarapuava, Telêmaco Borba e Paranaguá. As decisões são válidas para todo o Estado. São 6,5 mil trabalhadores da empresa no Paraná que devem retornar aos seus postos na segunda-feira (09).
A categoria acatou a proposta do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Emmanoel Pereira, de reajuste da 2,07% (índice do INPC) e reedição das cláusulas sociais. A cobrança de mensalidade no plano de saúde, assim como o pagamento por dependentes e a coparticipação em consultas, exames e procedimentos ainda ficou sob mediação do TST, com audiência prevista para dezembro.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná, a proposta ficou aquém dos 8% de reajuste que os trabalhadores reivindicavam, ainda assim, foi considerada uma vitória, principalmente, por assegurar a extensão do Acordo Coletivo de Trabalho por mais dois anos, caso não haja novo acordo no ano que vem.
“Diante da ameaça real de se ter todas as conquistas do Acordo Coletivo de Trabalho canceladas em virtude da reforma trabalhista, consideramos que tomamos a melhor decisão. Outra vitória é que graças aos protestos e denúncias dos trabalhadores grevistas, o Governo decidiu manter os bancos postais abertos até janeiro e assim poderemos continuar a atender à população que mais necessita desse serviço por meio das 417 agências no Paraná”, avaliou Marcos Rogério Inocêncio (China), secretário-geral do Sintcom-PR.