Polícia Penal tem servidores de carreira na diretoria pela primeira vez em sua história
Policiais penais assumiram cargos de direção, que antes erma ocupados por representantes de outras instituições
Pela primeira vez em sua história, a Polícia Penal do Paraná tem três policiais penais assumindo os cargos de direção. Tradicionalmente, os cargos de chefia eram ocupados por representantes de outras instituições. Porém, neste ano, o governador Carlos Massa Ratinho Junior nomeou para as funções de diretor-geral, diretor-adjunto e corregedor os policiais penais Osvaldo Messias Machado, Lourenço Paião e Deivid Alessandro Inácio Duarte, respectivamente. A cerimônia de posse ocorreu no mês passado na Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
O secretário da pasta, Wagner Mesquita, deixou clara sua satisfação em fazer parte de um momento tão memorável para a instituição e reforçou a importância da integração. “A Polícia Penal está realizando um trabalho primoroso e a sinergia entre as polícias do Estado tem trazido ganhos imensuráveis para a garantia da segurança da população paranaense”, disse.
De acordo com a Sesp, desde o surgimento das cadeias públicas e da primeira penitenciária, em 1909, a Polícia Penal do Paraná é a polícia pós-crime, que atua na salvaguarda da sociedade em geral e dos encarcerados. Por isso, exerce as funções de gestão do sistema prisional, buscando a garantia da ressocialização e reinserção social das pessoas privadas de liberdade.
Para tanto, desenvolve atividades como vigilância, escolta e fiscalização dos custodiados, zelando pelo bem-estar, integridade física, moral e mental. Também se dedica a garantir a ordem nos estabelecimentos penais, a manutenção da disciplina nas unidades prisionais e o bom andamento da execução penal.
Além disso, atua para garantir as atividades laborais, cursos profissionalizantes, cursos de graduação a distância, projetos voltados à humanização e individualização, em respeito ao tratamento penal, buscando assegurar os direitos previstos na Lei de Execuções Penais.
A atuação dos policiais penais é construída já na sua formação, quando se preparam para exercer funções administrativas e operacionais do cotidiano do Sistema Prisional. O treinamento aborda várias frentes, desde executar uma revista pessoal eficaz até fazer a gestão de um estabelecimento prisional em função diretiva. Essa variedade de experiências proporcionadas aos policiais penais é um importante instrumento para agregar conhecimentos que são utilizados no desenvolvimento de um bom trabalho.
QUEM SÃO – Osvaldo Messias Machado, o novo diretor-geral, é graduado em Administração de Empresas e Teologia e pós-graduado em Gestão Prisional. Atua há mais de 26 anos na Polícia Penal, período em que passou por funções operacionais e administrativas. Ingressou na Instituição em 1996 e em grande parte da carreira trabalhou na Penitenciária Estadual de Maringá, onde desempenhou as funções de inspetor, chefe de segurança, vice-diretor e diretor. Em 2019, assumiu a diretoria da Colônia Penal Industrial de Maringá, unidade em que se manteve até assumir a atual função.
O novo diretor-adjunto, Lourenço Paião, é graduado em Direito e pós-graduado em Gestão Pública. Foi policial militar por cinco anos e tem experiência de quase 27 anos no Sistema Prisional. Passou pela Penitenciária Central do Estado, onde atuou como auxiliar da Divisão de Segurança e Disciplina. Também ocupou o cargo de vice-diretor na Penitenciária Industrial de Cascavel, na Penitenciária Estadual de Piraquara I, no Complexo Médico Penal e no Departamento de Polícia Penal. Foi também assessor da Polícia Penal na secretaria estadual da Segurança Pública.
Novo corregedor, Deivid Alessandro Inácio Duarte é graduado em Direito e pós-graduado em Gestão Pública com ênfase em Direitos Humanos. Ingressou na Polícia Penal em 2005, foi chefe de segurança na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, trabalhou na Casa de Custódia de Curitiba e na Penitenciária Estadual de Piraquara. Foi assessor técnico da Polícia Penal e assessor da Coordenação da Corregedoria Geral na Controladoria-Geral do Estado e da Corregedoria da Polícia Penal. Foi, ainda, instrutor em cursos e treinamentos para policiais penais, agentes de cadeias públicas e demais servidores técnico-administrativos. (AEN)