Cotidiano

Patrimônio da Unesco, Festival Naadam festeja séculos de tradição nômade na Mongólia

‘Naadam’ em mongol significa ‘jogo’. Desde 2010, o festival entrou para a lista do patrimônio imaterial da Unesco. Festa de abertura do Festival Naadam que, em mongol, significa “jogo”. Desde 2010, o evento entrou para a lista do patrimônio imaterial da Unesco.
Divulgação/Naadamfestival.com
Todos os anos, durante uma semana, a Mongólia celebra a cultura nômade. O Festival Naadam é a data mais importante do calendário. Eventos de música, dança, culinária, artesanato e competições esportivas homenageiam os séculos história do povo mongol. O espetáculo principal acontece na capital Ulan Bator e atrai um número crescente de turistas estrangeiros.
Essa é a festa nacional da Mongólia, que celebra a cultura local e os séculos de tradição nômade. O Festival Naadam celebra ao mesmo tempo os 2228 anos da Mongólia, os 813 anos do Império Mongol e os 98 anos da revolução popular que tornou o país independente. O evento é transmitido ao vivo pela televisão local. Representantes de Estados vizinhos, como Rússia e China, enviam delegações para prestigiar o acontecimento.
“Naadam” em mongol significa “jogo”. Desde 2010, o festival entrou para a lista do patrimônio imaterial da Unesco. São cinco dias de feriado, mas no interior da Mongólia são organizadas diversas celebrações menores que se arrastam até a segunda quinzena de agosto. A data mais importante do país é o ponto alto do calendário turístico e o auge do verão, em uma região onde o inverno é rigoroso e os termômetros chegam a -40ºC.
Festival Naadam ocorre ao longo de cinco dias, que são feriado na Mongólia. No interior, são organizadas diversas celebrações menores que se arrastam até a segunda quinzena de agosto.
Divulgação/Nadamfestival.com
O principal estádio da capital Ulan Bator fica lotado para a espetacular cerimônia de abertura do evento. Boa parte do público veste trajes tradicionais na ocasião. É um evento para a família inteira e que tem atraído cada vez mais visitantes estrangeiros, em especial da Rússia, Coreia do Sul, Japão, China e países europeus.
Além do discurso do presidente, a plateia acompanha uma parada militar, danças folclóricas e performances que celebram a tradição nômade e as diferentes etnias que formam a Mongólia. É uma afirmação da identidade mongol e um retorno à história do Império Mongol, das batalhas por independência, do período socialista até a atual jovem república democrática.
Em seguida, têm início as competições de luta livre mongol, arco e flecha e corrida de cavalo, que também acontecem em estádios anexos. Mulheres participam apenas das duas últimas modalidades.
Naadam Festival: A data mais importante do país é o ponto alto do calendário turístico e o auge do verão, em uma região onde o inverno é rigoroso e os termômetros chegam a -40ºC.
Divulgação/Naadamfestival.com
Novo destino turístico
Nos últimos cinco anos, redes de hotéis internacionais têm se instalado na cidade que concentra quase a metade dos apenas 3 milhões de habitantes desse vasto país. A capital é atravessada pela ferrovia transiberiana e está a mais de 1.100 km de Pequim.
Durante esse grande feriado de verão, os mongóis também deixam a cidade e partem para o interior com a família e amigos. Montam as tendas tradicionais mongóis, brancas e circulares, nas estepes, fritam khuushur – comida típica das festividades do Naadam – andam à cavalo e tomam banho nos rios de água gelada.
As estradas ficam com tráfego intenso, enquanto a capital vira cidade fantasma, com lojas fechadas e ruas vazias, a não ser pela presença dos turistas.
Naadam Festival: competição de arco e flecha no tradicional evento da Mongólia.
Divulgação/Naadamfestival.com
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redação

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