Maringá recebe os solos do projeto Habitat, da Súbita Companhia de Teatro
A Súbita Companhia de Teatro encerra a circulação pelo interior do Paraná com curta temporada dos seis solos do projeto “Habitat – Estudos do Corpo Como Casa” em Maringá. As apresentações, com entrada franca, serão no teatro da UEM, nos dias 26, 27 e 28 de setembro, às 20 horas. No primeiro dia, a companhia também ministrará uma oficina, também gratuita, no teatro Reviver, que terá como ponto de partida os procedimentos usados na criação dos solos que compõem o Habitat. A programação faz parte da agenda de comemoração dos 12 anos da Súbita e terá dois solos por noite, em sessões únicas com breve intervalo. O projeto estreou em Curitiba e foi apresentado também no Festival Internacional de Londrina e em Ponta Grossa.
“Foi Assim Que o Oceano Invadiu a Minha Casa”, com Helena de Jorge Portela, e “O Arquipélago”, com Pablito Kucarz, abrem a programação, no dia 26; “Uma História Só”, de Conde Baltazar e “T Ao Cubo”, com Cleydson Nascimento, serão apresentadas no dia 27 e, encerrando a temporada maringaense, “Mulher, como você se chama?”, com Janaína Matter e “Pirataria”, com Victor Hugo.
Trabalho mais recente da Súbita, que estreou em fevereiro, em Curitiba, o Projeto Habitat foi escolhido para circular porque representa bem o momento vivido pela companhia. Para a diretora da Súbita, Maíra Lour, “é gratificante ter a chance de mostrar a versatilidade dos atores e a diversidade temática e de propostas estéticas e cênicas que estamos trabalhando”.
As apresentações fazem parte de uma extensa programação de aniversário da Companhia, que contempla ações de pesquisa, formação, intercâmbio, difusão, circulação, publicação, produção, democratização e acessibilidade. Em outubro, a Súbita promove também o “Corpos Poéticos – Encontro Internacional de Investigações Cênicas”, com oficinas, masterclasses, falas públicas, lançamento de livro e mesas de conversa, com a participação de artistas do Brasil, dos EUA e da Argentina.
Programação Súbita 12 anos em Maringá
Serviço Oficina: “E se eu fizesse um solo”
Data: 26 de setembro de 2019
Horário: das 9 às 13 horas
Capacidade: 20 vagas
Local: Teatro Reviver (Praça Todos os Santos, s/n – Zona 2 – Maringá)
Inscrições e informações: subitacompanhia@gmail.com
Serviço: HABITAT – ESTUDOS DO CORPO COMO CASA
Onde: Teatro da UEM (R. Dr. Alberto Byngton Júnior, 343 – Zona 7, Maringá)
Telefone: (44) 3011-4380
Dia 26 de setembro, às 20h:
FOI ASSIM QUE O OCEANO INVADIU A MINHA CASA/ HELENA DE JORGE PORTELA
Uma história sobre duas atrizes que, em uma tarde como qualquer outra, tiveram suas vidas separadas pelo mar. O mar que carrega o luto e a dor. Um espetáculo solo que tenta agarrar o tempo com as mãos. Mãe e filha à deriva no oceano. “Se você me desse mais um segundo…” O que você faria se tivesse mais tempo?
Espetáculo bilíngue (Libras e Português)
O ARQUIPÉLAGO/ PABLITO KUCARZ
O arquipélago leva à cena a história de sua mãe. Uma mulher comum, como diversas outras mães que abandonaram sua casa muito jovens para trabalhar na cidade grande. Também se permite questionar esta história quando se confronta com temas como preconceito, bullying, machismo e violência. Com tom suave, a narrativa tem ares de fábula pessoal ao lançar mão de metáforas poderosas: a família que é um arquipélago, juntos, porém separados pela água salgada; o garoto mariposa, agredido por ser diferente dos outros garotos; a pedra lançada como um projétil que ao invés de ferir prefere dançar.
Dia 27 de setembro, às 20h
UMA HISTÓRIA SÓ/ CONDE BALTAZAR
Meu corpo é uma casa que é vizinha da casa do meu filho. Um homem, um pai, conta através do seu corpo esburacado, sua relação com a infância, seu pai, seu avô… Um buraco que começou pequeno, uma falta quase invisível e a ausência se instalou na carne e o silêncio se tornou uma mochila para guardar as memórias dos dias. A paternidade é esse labirinto infinito.
T ao Cubo/ CLEYDSON NASCIMENTO
O solo autoral do ator Cleydson Nascimento é um convite para conhecer o corpo/casa de alguém que deseja expandir-se no tempo-espaço, ir além dos limites do corpo, gargalhar da rigidez do pensamento newtoniano, dançar nu sem paredes, dar vasão para outra consciência humana, observar a imensidão, ser o infinito. No seu habitat ele se multiplica no espaço-tempo, joga com as possibilidades do universo, insiste em ser teletransportado, mesmo que isso lhe custe a desfragmentação, ri e se espanta com o caos.
Dia 28 de setembro, às 20h:
MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA?/ JANAINA MATTER
Este solo parte de uma inquietação em relação ao apagamento das mulheres na história do mundo. De um contexto amplo até a aproximação com a intimidade da atriz e das mulheres da família, o espetáculo ressignifica nomes e feitos históricos como forma de reviver, resgatar, enaltecer e corporificar a presença das mulheres no passado, no presente e sensibilizar sua força para o futuro.
PIRATARIA/VICTOR HUGO
Uma tentativa de fuga, um escape, uma mensagem codificada, uma corrente. Gritaria. A pele, o maior órgão do corpo. Um vírus. Você acha que eu estou ficando louco? Você vai me deixar aqui? Uma ficção visionária, um holograma, arquivo oculto, um corpo no espaço.