Um funcionário do Maringá foi impedido de trabalhar na Arena da Baixada, no jogo contra o Atlético , por estar com a camisa do próprio clube, que tem as mangas verdes – cor do rival Coritiba. O assessor de imprensa Rodrigo Araújo estava na beira do gramado, atrás do gol do setor da Buenos Aires, fotografando a partida quando começou a ser agredido verbalmente pelos torcedores atleticanos.
Os xingamentos dos rubro-negros se intensificaram após os 30 minutos do segundo tempo. Então, os seguranças do Atlético retiraram a força o assessor do local e o levaram para o outro lado do estádio.
“Os seguranças vieram três vezes pedir para eu sair, mas eu estava trabalhando e tinha que ficar naquele lado para fazer as fotos do ataque do Maringá. Depois, um segurança chegou e disse que estava autorizado a me levar para o outro gol. E eu fui. Não tem como brigar com o segurança”, lamenta Araújo.
“Eu questionei porque eu estava trabalhando. Eles tinham que fazer a minha segurança e não o contrário. E um deles me retrucou: ‘nós somos seguranças e não heróis’. Foi uma situação chata, mas estamos no Brasil”, desabafa o funcionário.
A assessoria do Atlético foi procurada e pediu para o contato ser feito por e-mail. Até o fechamento da matéria, não havia resposta do clube.
O funcionário maringaense não foi o único que sofreu com a intolerância. Uma torcedora que estava vestida de verde no meio da torcida do Atlético teve que deixar o estádio após ser ofendida por algumas pessoas nas arquibancadas que cobravam que ela retirasse a roupa. (inf Gazeta do Povo/foto Marcelo Andrade)