‘Farra de diárias’ em Castelo Branco
Cidade da microrregião de Maringá tem sete dos nove vereadores participando de evento em Brasília, a um custo de quase R$ 42 mil; sem a maioria de parlamentares, não houve sessão ordinária esta semana
Sete dos nove vereadores de Presidente Castelo Branco, cidade da microrregião de Maringá com 4.336 habitantes, segundo o IBGE, estão fora da cidade desde domingo. Eles participam do 3º Seminário Nacional de Qualificação Legislativa, promovida pela Uvepar – União de Câmaras, Vereadores e Gestores Públicos do Paraná. Eles ficam até sábado, 18, em Brasília (DF). O custo, somente em diárias, é de R$ 29.689,52, mais R$ 11.607,68 em passagens aéreas, totalizando R$ 41.297,20.
Somente dois vereadores não integram a “caravana da alegria com dinheiro público”, como vem sendo chamada a viagem da comitiva até a capital federal por sete dias: Rafael Franco Faccin e Thalita Santos Trevisani Schilive, ambos do PP. Gastam diárias de R$ 3.806,88 do Legislativo de Presidente Castelo Branco, os vereadores Marco Aurélio Roque (PSD), Carlos Santos (PT), Genivaldo Roberto Antonio (União), João Victor Faccin Parro (União), Jovelino Martins Fontinhas Junior (PP), Bento Nelson Teixeira (PP) e Marcelo Aparecido de Souza (União). Cada diária para vereador equivale a R$ 951,72. Além deles, seguiu o contador Ricardo Alexandre de Souza, que recebe uma diária menor, de R$ 760,34, totalizando R$ 3.041,36.
A “qualificação legislativa” proposta pela entidade promotora acontece faltando menos de sete meses para o fim do mandato dos atuais vereadores. O evento começou na quarta-feira, 14, e termina amanhã, 17. A portaria 15/2024 liberando os quase R$ 42 mil foi assinada no dia 9, a três dias do início da viagem, pelo presidente Genivaldo Roberto Antonio. Por causa da viagem da maioria de seus integrantes, não houve sessão ordinária da Câmara de Presidente Castelo Branco na segunda-feira; na semana passada, eles anteciparam a sessão para o quarta-feira, 8, um dia antes da assinatura da portaria.
O presidente da Câmara, Genivaldo Antônio, é servidor público, e por sinal o único eletricista da prefeitura. Assim como ele, Jovelino e Carlos Santos são servidores municipais (motoristas da prefeitura) e, se não estiverem licenciados, devem ter descontado os dias não trabalhados. (inf Angelo Rigon)