O prefeito Ulisses Maia assinou na tarde desta sexta-feira um decreto nomeando três lideranças da sociedade para analisar o contrato da Prefeitura com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A comissão terá prazo de 90 dias para apresentar estudo recomendando a continuidade do contrato, nova licitação ou a municipalização do serviço de água e esgoto. O ato contou com a presença do presidente da estatal, Mounir Chaowiche, que veio à Maringá apresentar os investimentos da empresa na cidade.
A comissão é composta pelo vereador e procurador do município Jean Marques, pelo advogado do Sindicato dos Empregados no Comércio de Maringá (Sincomar), Walter de Souza Fernandes, e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), José Carlos Valêncio. Três funcionários serão indicados pela Sanepar para atender as solicitações do grupo criado por Maia.
“A discussão sobre a validade do contrato está aguardando decisão final da Justiça. Em 1996 o prefeito da época fez a renovação por decreto, sem autorização da Câmara. Por isso, há o entendimento de que esse aditivo é nulo e a Prefeitura ganhou em todas as instâncias”, explicou o prefeito. Ulisses garantiu que o serviço não será privatizado em sua gestão.
O prefeito também cobrou esclarecimentos sobre o cronograma de obras e investimentos anunciados pela empresa no ano passado, depois do evento em que a cidade ficou por mais de uma semana sem o abastecimento de água. Segundo a Sanepar, o Rio Pirapó subiu 10 metros além do normal e inundou a estação de captação de água, interrompendo o serviço em quase toda a cidade.
Investimentos: Mounir Chaowiche explicou ao prefeito Ulisses Maia, secretários municipais, vereadores e representantes de organizações da sociedade que até o momento já foram executados R$ 25 milhões em investimentos. Foram adquiridos dois motores reservas de 1,5 mil cavalos e 8 toneladas e mais 7 motores submersíveis, usados na captação de água, além de outras melhorias no setor elétrico da estação de captação e no sistema de controle administrativo.
Questionado sobre a demora no início de obras para a instalação dos motores, o dirigente disse que as ações estão dentro dos prazos. “Nos primeiros seis meses foram elaborados estudos técnicos e processos licitatórios. Na sequência, a empresa adquiriu os equipamentos que não existem à pronta-entrega”, informou. Ele garantiu que as edificações ficarão prontas até o primeiro semestre deste ano.
Cobrado sobre a falta de rede de esgoto nos distritos de Floriano e Iguatemi e outros bairros de Maringá, o dirigente assumiu compromisso de retornar à cidade com cronograma de obras para atender essa demanda.