Acaba desobstrução na avenida Mandacaru
A desobstrução do canteiro central começou no domingo; sobraram as tendas
Com a posse do presidente Lula (PT), ocorrida ontem, 1º, para cumprir seu mandato através do voto populares, bolsonaristas extremistas que não aceitavam o resultado das urnas começaram a desobstruir o canteiro central onde ficava o acampamento que por cerca de 60 dias mudou a rotina na avenida Mandacaru, defronte o Tiro de Guerra.
Durante todo este período, os organizadores (incluindo um grupo autodenominado Patriotas Conservadores de Maringá, que tem à frente a presidente da executiva do Pros, Giselli Bianchini, pré-candidata a vereadora) e empresários patrocinavam refeições diariamente e pessoas seguravam bandeiras pedindo intervenção militar, com Bolsonaro no poder.
Veículos buzinavam (havia um caminhão cuja buzina era um mugido de boi, e ficava quase o dia todo fazendo barulho), as árvores foram tomadas por cartazes pedindo golpe, a grama na parte parte do canteiro, pisoteada, sumiu, e ciclistas, trabalhadores e praticantes do ciclismo, tiveram que trocar a ciclovia pela pista de rolamento), grupos da terceira idade faziam orações à noite um trio elétrico era usado para discursos antidemocráticos. O local era chamado de Bozoquistão e Feira do Brás.
No local permanecem nesta segunda-feira somente as tendas. Comerciantes e vizinhos do local suspiram aliviados, com a volta à normalidade. A baderna estava atrapalhando o comércio e o sossego público nas imediações. A fuga do presidente Jair Bolsonaro para a Flórida (EUA) e o discurso do vice-presidente Hamilton Mourão foram considerados motivadores do fim do acampamento. (inf Angelo Rigon)