Maringá entra na lista das 120 cidades-árvores do mundo
Maringá recebeu esta semana seu primeiro certificado de Cidade Árvore do Mundo, fornecido pela Arbor Day Foundation, de Lincoln, Nebraska (EUA). A entidade diz ter plantado e distribuído ao menos 500 milhões de árvores em mais de 50 países em meio século de existência, e organiza o programa Tree Cities of the World em parceria com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. No site a fundação e no certificado houve erro de grafia: aparece “Marigá”, sem o “n”. Neste ano foram escolhidos 120 centros urbanos, a maioria nos Estados Unidos (38).
São Carlos (SP), São José dos Campos (SP) e Campo Grande (MS) receberam o título por três vezes, ou seja, desde a instituição do programa, em 2019. No Brasil, além dos citados, também já receberam o título João Pessoa (PA), Niterói (RJ) e Rio de Janeiro. O município interessado em participar deve fazer a inscrição no site da fundação e demonstrar seu compromisso com árvores e florestas, atendendo a cinco normas de qualificação, relacionadas à gestão e celebração das florestas urbanas.
A cidade tem uma declaração escrita por líderes municipais que delegam a responsabilidade pelo cuidado das árvores dentro da fronteira municipal a um funcionário, um departamento da cidade ou um grupo de cidadãos; a cidade tem em vigor uma lei ou uma política oficial que rege o manejo de florestas e árvores. Essas regras descrevem como o trabalho deve ser realizado — muitas vezes citando as melhores práticas ou padrões da indústria para cuidados com árvores e segurança do trabalhador — onde e quando eles se aplicam, e penalidades por descumprimento. A cidade deve ainda possuir um inventário ou avaliação atualizado do recurso local de árvores para que um plano efetivo de longo prazo para plantio, cuidado e remoção de árvores da cidade possa ser estabelecido. As últimas exigências são relativas a um orçamento anual dedicado para a execução rotineira do plano de manejo de árvores e que a cidade realize uma celebração anual de árvores para conscientizar os moradores e reconhecer cidadãos e funcionários que realizam o programa de árvores da cidade.
A argumentação para defender o título para Maringá foi feita pela Secretaria de Limpeza Urbana. Os números foram importantes. “A cidade possui 21 áreas de preservação ambiental. Destas, 14 são parques. São 90 praças e diversas calçadas ecológicas. Com uma floresta remanescente da Mata Atlântica, Maringá tem as árvores como patrimônio cultural. Atualmente a cidade apresenta em média 150 mil árvores”, diz o documento. “Citamos as leis que asseguram a preservação do meio ambiente, a Lei de Uso e Ocupação do Solo, que exige que cada lote tenha pelo menos uma árvore na calçada, além do Plano Gestor de Arborização Urbana que indica as espécies adequadas para cada local da cidade”, explica o secretário Paulo Gustavo Ribas. Também foram citados projetos como o “Fabricando Árvores” que será implantado dentro do Viveiro Municipal de Maringá que tem o objetivo de produzir mudas arbóreas nativas para serem utilizadas na cidade, contemplando ruas, praças, parques e fundos de vale. A capacidade de produção do viveiro é estimada em 20.000 mudas por ano.