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Venda de maconha em farmácias do Uruguai deve começar em outubro

Em todo o país, 30 farmácias já aceitaram vender a erva, o que, segundo Olivera, é o suficiente para desenvolver a primeira etapa do projeto que prevê disponibilizar o acesso à planta para toda a população.
Hoje, o que nos ocupa é a cobertura nacional, porque não queremos uma inequidade territorial no acesso à cannabis. Queremos que qualquer cidadão, em qualquer ponto do país, possa gozar do usufruto dos benefícios que oferece a lei”, disse o secretário-geral do Uruguai.
Segundo Olivera, haverá dois tipos de maconha disponíveis para compra em embalagens de cinco e de dez gramas. “São duas variedades de vegetais distintas, mas não há entre ambas uma grande diferença em termos de concentração de THC (tetra-hidrocanabinol, principal substância psicoativa da maconha)”, disse o secretário.
Todas terão “uma denominação genérica e uma embalagem providenciada pelo Icca (Instituto de Regulação e Controle da Cannabis), com as advertências sanitárias que o Ministério de Saúde Pública formulou”, afirmou.
Apesar do preço de venda ainda não ter sido determinado, a previsão é de que a grama de maconha seja vendida nas farmácias pelo equivalente a R$ 4, segundo a Agência Efe.
Olivera não revelou a quantidade disponível de cannabis no Uruguai no momento, mas disse ser o suficiente para abastecer as farmácias que já aderiram à iniciativa.
“Rapidamente, de acordo com as previsões que tivemos do ponto de vista da agronomia com as duas empresas que estão comandando a produção, [a quantidade produzida] irá crescendo”, afirmou, lembrando que a meta é conseguir que cada empresa produza uma média de 160kg de maconha por mês.
Na terça-feira já havia sido anunciado que o registro oficial para consumidores e cultivadores da planta começaria em setembro nas agências dos correios do país por meio da apresentação do documento de identidade e impressão digital, de modo que apenas pessoas registradas poderão comprar maconha nas farmácias ou obter licença para cultivo e uso próprio.
Nas farmácias, os usuários terão acesso a até 10 gramas de cannabis por semana e a um máximo de 40 por mês.
De acordo com o secretário geral, as informações desse banco de dados não serão acessíveis ao público e ele só poderá ser consultado na íntegra por meio de ordem judicial.
No Uruguai é possível fazer uso de maconha legalmente há quatro décadas, mas o cultivo e a venda no país eram proibidas até dezembro de 2013, quando o Parlamento uruguaio aprovou a Lei de Regulação da Cannabis, proposta pelo governo de José ‘Pepe’ Mujica, então presidente, para descriminalizar e regulamentar o cultivo e a venda da erva. (via Opera Mundi)

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redação

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