A Sociedade Rural de Maringá (SRM) lançou ontem (quinta-feira, dia 23) à noite a 45ª Expoingá com expectativas positivas para o evento, que acontece de 4 a 14 de maio. Aproximadamente mil pessoas, entre associados da entidade, representantes do agronegócio, produtores, autoridades municipais, estaduais e federais e outros setores da sociedade prestigiaram o evento, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro.
Conforme a presidente da SRM, Maria Iraclézia de Araújo, apesar do país estar saindo lentamente da crise econômica, há sinais claros de que os produtores e empresários estão otimistas e acreditam na feira como um espaço para agregar valor às suas marcas, divulgar os seus produtos e impulsionar negócios. “Estamos dando o melhor de nós na organização desta feira, porque acreditamos no potencial do agronegócio como um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira e temos a certeza de que a Expoingá deste ano irá confirmar números positivos para todos os segmentos que dela participam”, afirmou.
Com expectativa de comercialização de aproximadamente R$ 400 milhões, entre negócios gerados e prospectados e público de 500 mil visitantes, a feira já conta com mais de mil expositores confirmados da agropecuária, indústria, comércio e prestação de serviços. Expositores de oito estados, instituições financeiras, parque de diversão, mais de 70 atrações culturais, onze shows com grandes artistas nacionais, exposição, julgamento e leilão de animais, além de dezenas de estandes de gastronomia, rodeios, a tradicional barraca universitária e a fazendinha, feira de produtos da agroindústria familiar, entre várias novas atrações para o público se divertir estão confirmados.
A Expoingá 2017 comemora 45 anos de história e tem como tema: “Uma trajetória e sucesso”. Em seu discurso, a presidente da SRM fez referências ao trabalho de tantas pessoas e parcerias dos poderes públicos constituídos, classe empresarial, produtores rurais e instituições em geral que ajudam a consolidar a feira como uma das mais importantes do calendário do agronegócio brasileiro. Criada no ano de 1972, quando se chamava Expofemar, a feira se modernizou, diversificou e ganhou credibilidade como um espaço de geração de negócios, novos conhecimentos e inovação.
Diversificação
Em sua fala, o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, lembrou que a Expoingá nasceu num período de renovação e diversificação da agricultura no Estado. “Na década de 70, houve transformações no campo, florescendo o agronegócio em perspectivas mais amplas. A Expoingá se adaptou a esse período de transição, firmando-se como palco de valorização não só da agricultura e pecuária, mas também da indústria e comércio. Esta feira tem hoje uma importância econômica incontestável para o município e o Estado”, frisou.
Autoridades de outras áreas, como o vice-presidente do BRDE, Orlando Pessuti e o ex-senador e ex-diretor de agronegócio do Banco do Brasil Osmar Dias também usaram da palavra. Neste momento, o tom do discurso foi em defesa da qualidade da carne brasileira. Os dois ressaltaram a confiança no mercado produtor. Segundo Dias, o Brasil levou décadas para construir o sistema de sanidade animal mais eficiente do mundo, tanto que exporta para 160 países, e o desafio atual é retomar a credibilidade afetada pela operação “carne fraca”. “O agronegócio é o maior patrimônio desse país e a Expoingá uma excelente oportunidade para demonstrar a seriedade e comprometimento dos nossos produtores em todos os aspectos que envolvem a boa produção desse produto”, enfatizou.