Cotidiano
Por que a Holanda não quer mais que o mundo a chame assim
Campanha de marketing visa também promover o turismo para além de Amsterdã, capital do país que fica localizada na mais famosa das 12 províncias, a Holanda do Norte. Países Baixos é o nome oficial do país no noroeste da Europa, e assim quer ser conhecido no resto do mundo Holanda não. Países Baixos, por favor.
Essa é a mensagem que as autoridades do país no noroeste da Europa querem transmitir ao resto do mundo em uma iniciativa para difundir o nome oficial de sua nação.
Ministérios e instituições desportivas e culturais, acompanhados das principais cidades do país, lançaram uma campanha de marketing a fim de eliminar o uso do nome Holanda.
A exemplo, o site oficial de turismo deixará de se chamar Holland.com, e a seleção de futebol será promovida como Países Baixos, evitando o uso de “Holanda”.
Em maio do ano que vem, a representação nacional no Festival Eurovision, que será sediado no país na cidade Rotterdam, levará o nome de Países Baixos.
“Três dias e 180 milhões espectadores é uma oportunidade fantástica para comunicação e marketing”, disse Carolien Gehrels, da consultoria Arcadia, em entrevista à Dutch News.
O país também levará esse nome à Olimpíada de Tóquio em 2020.
A cor laranja continuará sendo a oficial do país, mas não está claro se a icônica tulipa será mantida como seu símbolo internacional.
Por que se diz Holanda?
Países Baixos é a tradução em português de Nederland, que no original neerlandês é “Neder-landen”, que literalmente significa “terras baixas”.
O país se denomina assim por causa de sua localização geográfica, parcialmente abaixo do nível médio do mar.
A denominação “Holanda” vem do nome da região homônima que se encontra no oeste do país, dividida em duas províncias: Holanda do Norte e Holanda do Sul. Ambas dominaram a região por muito tempo.
É por isso que existem os holandeses, mas os habitantes de uma das outras 10 províncias não são conhecidos como tais. Nem os habitantes de seus territórios do Caribe (Aruba, Curaçao e São Martinho).
É essa divisão em 12 províncias que levou ao nome no plural, e não no singular (País Baixo, no caso).
A iniciativa de marketing visa também promover o turismo para além de Amsterdã, capital atual do país que fica localizada na província Holanda do Norte. A sede administrativa fica em Haia, na Holanda do Sul.
No século 19, surgiu o reino dos Países Baixos, que viria a dar origem ao nome que a monarquia parlamentar quer promover agora no exterior.
Cada um dos quatro países (o europeu e os três caribenhos) do reino tem seu próprio governo, mas compartilham responsabilidades nas áreas de Relações Exteriores e Defesa.
Segundo dados oficiais, o turismo é uma das principais atividades econômicas do país de 17 milhões de habitantes, tendo movimentado quase R$ 370 bilhões em 2017 — o setor corresponde a cerca de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB, ou a soma de todas as riquezas produzidas em um determinado período).
Há dois anos, os Países Baixos receberam 18 milhões de turistas do exterior, a maioria oriunda de outras nações europeias, como Alemanha, Bélgica e Reino Unido. Em comparação, em 2017 o Brasil bateu seu recorde até então: 6,6 milhões de visitantes estrangeiros, sendo 40% da Argentina.
Essa é a mensagem que as autoridades do país no noroeste da Europa querem transmitir ao resto do mundo em uma iniciativa para difundir o nome oficial de sua nação.
Ministérios e instituições desportivas e culturais, acompanhados das principais cidades do país, lançaram uma campanha de marketing a fim de eliminar o uso do nome Holanda.
A exemplo, o site oficial de turismo deixará de se chamar Holland.com, e a seleção de futebol será promovida como Países Baixos, evitando o uso de “Holanda”.
Em maio do ano que vem, a representação nacional no Festival Eurovision, que será sediado no país na cidade Rotterdam, levará o nome de Países Baixos.
“Três dias e 180 milhões espectadores é uma oportunidade fantástica para comunicação e marketing”, disse Carolien Gehrels, da consultoria Arcadia, em entrevista à Dutch News.
O país também levará esse nome à Olimpíada de Tóquio em 2020.
A cor laranja continuará sendo a oficial do país, mas não está claro se a icônica tulipa será mantida como seu símbolo internacional.
Por que se diz Holanda?
Países Baixos é a tradução em português de Nederland, que no original neerlandês é “Neder-landen”, que literalmente significa “terras baixas”.
O país se denomina assim por causa de sua localização geográfica, parcialmente abaixo do nível médio do mar.
A denominação “Holanda” vem do nome da região homônima que se encontra no oeste do país, dividida em duas províncias: Holanda do Norte e Holanda do Sul. Ambas dominaram a região por muito tempo.
É por isso que existem os holandeses, mas os habitantes de uma das outras 10 províncias não são conhecidos como tais. Nem os habitantes de seus territórios do Caribe (Aruba, Curaçao e São Martinho).
É essa divisão em 12 províncias que levou ao nome no plural, e não no singular (País Baixo, no caso).
A iniciativa de marketing visa também promover o turismo para além de Amsterdã, capital atual do país que fica localizada na província Holanda do Norte. A sede administrativa fica em Haia, na Holanda do Sul.
No século 19, surgiu o reino dos Países Baixos, que viria a dar origem ao nome que a monarquia parlamentar quer promover agora no exterior.
Cada um dos quatro países (o europeu e os três caribenhos) do reino tem seu próprio governo, mas compartilham responsabilidades nas áreas de Relações Exteriores e Defesa.
Segundo dados oficiais, o turismo é uma das principais atividades econômicas do país de 17 milhões de habitantes, tendo movimentado quase R$ 370 bilhões em 2017 — o setor corresponde a cerca de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB, ou a soma de todas as riquezas produzidas em um determinado período).
Há dois anos, os Países Baixos receberam 18 milhões de turistas do exterior, a maioria oriunda de outras nações europeias, como Alemanha, Bélgica e Reino Unido. Em comparação, em 2017 o Brasil bateu seu recorde até então: 6,6 milhões de visitantes estrangeiros, sendo 40% da Argentina.