O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Londrina cumpre nesta manhã cinco mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão em cidades do Paraná, de Santa Catarina e do Mato Grosso no âmbito da Operação Cartas Marcadas. Três empresas de Maringá estão entre os alvos da operação.
Segundo o MPPFR, as investigações, conduzidas pelo Gaeco e pelo Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) de Londrina e pela Promotoria de Justiça de Telêmaco Borba, apuram crimes envolvendo fraude em licitações, falsidade ideológica e uso de documentos falsos, praticados por associação criminosa. Um grupo de empresários teria constituído diversas empresas para participar de licitações com administrações municipais, principalmente relacionadas ao fornecimento de uniformes escolares. Até o momento, foram identificados 17 municípios em que o grupo participou de concorrências.
As empresas pertenciam a pessoas ligadas entre si, por parentesco ou amizade, algumas inclusive com o mesmo representante, e violavam o sigilo, fraudando a concorrência. Na prática, as empresas não tinham sequer indústria ou maquinário.
Os mandados foram expedidos pelo juízo da Comarca de Telêmaco Borba. As prisões envolvem cinco empresários da mesma família (três homens e duas mulheres). As buscas estão relacionadas a oito empresas e 12 pessoas físicas: oito em Indaial e uma em Joinville, em Santa Catarina; sete em Campo Mourão e três em Maringá, no Paraná; e uma em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, no Mato Grosso. A Justiça também suspendeu os contratos de 10 empresas do grupo, vigentes com o poder público, com proibição de as referidas empresas participarem de novas licitações. (via Angelo Rigon)