Cotidiano
Notre-Dame ainda sob risco de colapso
Estrutura do teto abobadado da histórica catedral de Paris, que sofreu um incêndio devastador, poderá desabar durante a delicada tarefa de retirar andaimes danificados pelas chamas, para que a reconstrução possa avançar. Pináculo da Catedral Notre-Dame ruiu com o incêndio; Área estava em reforma
Gigarama.ru via AP
A catedral de Notre-Dame em Paris, que sofreu um incêndio devastador no dia 15 de abril do ano passado, ainda não está salva e há risco de colapso do teto abobadado do edifício histórico do século 12.
“A catedral ainda está em estado de risco”, afirmou neste domingo (05/01) o general Jean-Louis Georgelin, encarregado pelo governo francês de supervisionar os esforços de reconstrução, à emissora francesa CNews.
“Ainda haverá uma etapa extremamente importante, que será remover os andaimes construídos em torno do pináculo”. Essas estruturas foram instaladas antes do incêndio ao redor da torre que formava a parte mais alta do edifício. O pináculo, que desabou com as chamas, tinha mais de 90 metros de altura e pesava 750 toneladas.
O monsenhor Patrick Chauvet, principal clérigo da administração da catedral, afirmou no mês passado que a estrutura, cuja pedra fundamental foi lançada em 1163, estava tão fragilizada que havia 50% de chance de que não pudesse ser salva, em razão do risco de os andaimes desabarem sobre o teto abobadado.
Georgelin, o ex-chefe de gabinete do governo francês escolhido pelo presidente Emmanuel Macron para liderar a reconstrução da Notre-Dame, disse que as condições atuais das abóbadas ainda não são totalmente conhecidas, e que não há garantias de que não possa haver um desabamento.
“Para termos certeza, precisamos inspecioná-las e remover os escombros que ainda estão sobre elas, o que é um trabalho muito difícil que já iniciamos”, disse Georgelin. Ele lembrou que as chamas liberaram toneladas de poeira tóxica de chumbo no ar e no chão, que ainda precisam ser removidas, uma medida necessária que provoca lentidão nos trabalhos.
Ainda assim, ele diz que análises de especialistas na estrutura trouxeram algum otimismo. Os andaimes serão removidos na metade no ano e a restauração do edifício deve começar em 2021.
Macron havia dito que a reconstrução da catedral deveria ser concluída em 2024, ano em que Paris sediará os Jogos Olímpicos, mas especialistas afirmam que a estimativa do presidente não é realista.
Georgelin diz que ainda não foi decidido de que forma o pináculo e o teto serão reconstruídos e qual será o material utilizado para a estrutura. A reconstrução da Notre-Dame gerou amplo debate no país em meio a visões diferentes sobre a aplicação de novas tecnologias e do design da nova estrutura.
O presidente anunciou um concurso internacional para arquitetos visando a reconstrução do pináculo, parte do edifício que não constava no projeto original da catedral. Georgelin disse que a competição deve ser iniciada ainda este ano e não descartou que a nova torre seja semelhante à que existia antes do incêndio.
No ano passado, pela primeira vez em mais de dois séculos, não foi celebrada uma missa de Natal na catedral, o que não ocorria desde a Revolução Francesa. A liturgia e as celebrações natalinas foram transferidas para a igreja gótica de Saint-Germain l’Auxerrois, a menos de um quilómetro de distância, o que deverá ocorrer até o final das obras.
Reforma da Notre Dame, em Paris, entra em fase delicada por causa da estrutura fragilizada
Gigarama.ru via AP
A catedral de Notre-Dame em Paris, que sofreu um incêndio devastador no dia 15 de abril do ano passado, ainda não está salva e há risco de colapso do teto abobadado do edifício histórico do século 12.
“A catedral ainda está em estado de risco”, afirmou neste domingo (05/01) o general Jean-Louis Georgelin, encarregado pelo governo francês de supervisionar os esforços de reconstrução, à emissora francesa CNews.
“Ainda haverá uma etapa extremamente importante, que será remover os andaimes construídos em torno do pináculo”. Essas estruturas foram instaladas antes do incêndio ao redor da torre que formava a parte mais alta do edifício. O pináculo, que desabou com as chamas, tinha mais de 90 metros de altura e pesava 750 toneladas.
O monsenhor Patrick Chauvet, principal clérigo da administração da catedral, afirmou no mês passado que a estrutura, cuja pedra fundamental foi lançada em 1163, estava tão fragilizada que havia 50% de chance de que não pudesse ser salva, em razão do risco de os andaimes desabarem sobre o teto abobadado.
Georgelin, o ex-chefe de gabinete do governo francês escolhido pelo presidente Emmanuel Macron para liderar a reconstrução da Notre-Dame, disse que as condições atuais das abóbadas ainda não são totalmente conhecidas, e que não há garantias de que não possa haver um desabamento.
“Para termos certeza, precisamos inspecioná-las e remover os escombros que ainda estão sobre elas, o que é um trabalho muito difícil que já iniciamos”, disse Georgelin. Ele lembrou que as chamas liberaram toneladas de poeira tóxica de chumbo no ar e no chão, que ainda precisam ser removidas, uma medida necessária que provoca lentidão nos trabalhos.
Ainda assim, ele diz que análises de especialistas na estrutura trouxeram algum otimismo. Os andaimes serão removidos na metade no ano e a restauração do edifício deve começar em 2021.
Macron havia dito que a reconstrução da catedral deveria ser concluída em 2024, ano em que Paris sediará os Jogos Olímpicos, mas especialistas afirmam que a estimativa do presidente não é realista.
Georgelin diz que ainda não foi decidido de que forma o pináculo e o teto serão reconstruídos e qual será o material utilizado para a estrutura. A reconstrução da Notre-Dame gerou amplo debate no país em meio a visões diferentes sobre a aplicação de novas tecnologias e do design da nova estrutura.
O presidente anunciou um concurso internacional para arquitetos visando a reconstrução do pináculo, parte do edifício que não constava no projeto original da catedral. Georgelin disse que a competição deve ser iniciada ainda este ano e não descartou que a nova torre seja semelhante à que existia antes do incêndio.
No ano passado, pela primeira vez em mais de dois séculos, não foi celebrada uma missa de Natal na catedral, o que não ocorria desde a Revolução Francesa. A liturgia e as celebrações natalinas foram transferidas para a igreja gótica de Saint-Germain l’Auxerrois, a menos de um quilómetro de distância, o que deverá ocorrer até o final das obras.
Reforma da Notre Dame, em Paris, entra em fase delicada por causa da estrutura fragilizada