Mais de um mês após o acidente na obra da UniCesumar, que deixou dois operários feridos e provocou a morte de uma estagiária e aluna da instituição, a Prefeitura de Maringá mantém o embargo na obra do Bloco 12. O acidente aconteceu no dia 16 de maio e o inquérito sobre a morte de Natália Meira Celeste ainda não foi concluído pela Polícia Civil.
Um dos operários, Joelson Trevisan Pires, 27 anos, que sofreu um trauma em face e ficou internado no Hospital Santa Casa durante cerca de um mês, teve alta no dia 14 de junho. O outro trabalhador, Antônio Sérgio Fernandes, 30 anos, teve ferimentos na cabeça e ficou internado no Hospital Universitário (HU) de Maringá durante dois dias, para realização de exames.
A construção foi embargada pela Prefeitura de Maringá no dia seguinte ao acidente. Oito dias depois, a administração municipal informou, por meio de nota enviada à imprensa, que a “construção do bloco foi iniciada sem o correspondente alvará de projeto e execução”.
Na ocasião, também por meio de nota, a UniCesumar destacou que havia apenas questões administrativas a serem resolvidas para a concessão do alvará. “A instituição declara que o documento é uma medida administrativa e não reflete no ocorrido”, diz trecho da nota.
De acordo com o chefe de gabinete do prefeito Ulisses Maia (PDT), Domingos Trevizan, o projeto da obra do Bloco 12 ainda está em análise na Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplan). “A obra ainda está embargada. É necessário analisar o projeto, aprovar, para depois ter o alvará. Aprovação de projeto é um processo relativamente demorado, ainda mais de um prédio desse porte”, explica.
O acidente aconteceu durante a instalação de lajes pré-moldadas pela Rotesma Indústria de Pré-Fabricados de Concreto LTDA no 5º andar do Bloco 12, que está em construção. (inf Maringa Post)