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Durante sessão, vereadora acusa vereador de agressão física e sexual e todos vão parar na delegacia

A sessão que discutia o projeto que quer proibir o uso de máscaras em manifestações na manhã dessa quarta (14), na Câmara Municipal de Curitiba, foi interrompida por graves acusações.

Vereadora Carla Pimentel na delegacia
Vereadora Carla Pimentel na delegacia

A vereadora Carla Cristina Pimentel (PSC) acusa o Professor Galdino (PSDB) de tê-la agredido física e sexualmente. A confusão aconteceu em uma sala anexa ao plenário e todos os envolvidos foram parar no 1º Distrito Policial. Galdino foi detido e  encaminhado a Delegacia da Mulher, que ficará responsável pelo caso.
A acusação da vereadora é que Galdino se aproveitou de uma situação para passar a mão no corpo de Carla Pimentel. “Ele se lançou para cima de mim, passou por cima da mesa, se jogou para cima de mim e os vereadores seguraram ele. Eu fui para trás, bati na parede. Foi uma agressão física e sexual, ele pegou em mim”, contou Carla, em entrevista à rádio Banda B.
Segundo os vereadores que estavam próximos e participavam da conversa, a confusão teria começado quando Galdino quis de volta um santinho (material de campanha) que entregou à vereadora. “Ele aproveitou a situação, chegou perto e foi alisando ela, em cima e embaixo, notamos o constrangimento dela. Nós nos aproximamos e tentamos segurá-lo. Ele não pode ser certo da cabeça”, disse o vereador Rogério Campos (PSC). Na gestão anterior, Professor Galdino respondeu a três inquéritos instaurados no Conselho de Ética da CMC – assédio, racismo e quebra de decoro parlamentar – e todos foram arquivados.

Vereador Galdino (sentado ao fundo) na Delegacia
Vereador Professor Galdino na Delegacia

Testemunhas afirmaram que o vereador Galdino teria entregue o santinho a Carla, mas pediu que ela lhe devolvesse. Nesse momento, ele teria se aproximado dela e, usando as mãos, passou a procurar o santinho que ela teria colocado no bolso. Além de Campos, os vereadores Bruno Pessuti (PSC), Beto Moraes (PSDB), Jhony Stica (PDT) e Tiago Gevert (PSC) estavam próximos e viram as agressões.
Carla acionou a Guarda Municipal (GM) e se encaminhou até a delegacia central para registrar um Boletim de Ocorrência. “Eu espero que nenhum agressor fique solto porque um homem bater em uma mulher a gente não pode aceitar isso, ainda mais no parlamento. Ele chegou a me ameaçar, depois ele voltou querendo dizer que aquilo era uma mentira, mas muitas pessoas viram”, acredita.
Ao lado da vereadora, Campos a acompanhou e vai prestou esclarecimento como testemunha. “Eu vi tudo. Uma cena horrível, lamentável, um parlamentar escolhido para representar a população ter esse tipo de atitude com uma mulher. A gente espera medidas cabíveis para quem agride ou tenta abusar de uma mulher”, finalizou.
O vereador Galdino, junto com o advogado, foram até a delegacia acompanhar os procedimentos. Ele nega que tenha agredido a vereadora e disse que as acusações são frutos de vereadores que não têm votos e estão desesperados.
No 1º DP todos foram ouvidos. Galdino assinou de um termo circunstanciado (TC), por vias de fatos e importunação ofensiva ao pudor. As pessoas envolvidas – testemunhas, vítima e suspeito – foram ouvidas e liberadas. O procedimento feito pela Delegacia da Mulher será encaminhado ao Poder Judiciário. A audiência ficou marcada para o dia 21 de outubro na 14º Juizado Especial. (inf Elizangela Jubanski)

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redação

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