Cotidiano
Crescimento do número de turistas no mundo desacelerou em 2019, caindo 4%
Entre os motivos estão o enfraquecimento da economia mundial, as incertezas geopolíticas e o Brexit. A quebra da agência de viagens britânica Thomas Cook e de linhas aéreas de baixo custo também contribuíram para este recuo. Aeroporto de Heathrow, em Londres, em foto de dezembro
Niklas Halle’n/Pool via REUTERS
O crescimento do número de turistas no mundo desacelerou em 2019, caindo 4%. Entre os motivos elencados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) estão o enfraquecimento da economia mundial, as incertezas geopolíticas e o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia.
A OMT contabilizou 1,5 bilhão de chegadas de turistas internacionais em 2019. Em 2017 e em 2018, o número de turistas internacionais aumentou em 7% e 6%, respectivamente.
França, Espanha e Estados Unidos devem permanecer à frente da lista de países mais visitados, nessa ordem, conforme os números provisórios disponíveis para 2019 – informaram autoridades da agência da ONU em uma entrevista coletiva em Madri, na Espanha.
“A desaceleração está ligada aos resultados da economia global, com um crescimento econômico em torno de 3%”, explicou Sandra Carvao, responsável pela análise de tendências de mercado na OMT, citando também “bastante incerteza em relação ao Brexit”, uma “economia alemã mais frágil” e o impacto de “temas geopolíticos”.
A quebra da agência de viagens britânica Thomas Cook e de linhas aéreas de baixo custo também contribuíram para este recuo, completou a OMT.
De qualquer modo, Sandra relativizou a importância deste crescimento mais fraco, após dois anos de crescimento “espetacular (…) muito acima do que seria de esperar”.
Tanto 2017 quanto 2018 estiveram marcados por uma forte alta do turismo nos países mais procurados no turismo mediterrâneo (Turquia, Egito, Tunísia), após uma perda no número de visitantes por uma onda de atentados terroristas.
“Não foram anos de crescimento normal (…). Estamos retornando a níveis históricos de crescimento do turismo internacional”, completou Sandra Carvao.
Entre as regiões mais afetadas pela desaceleração, está a Europa, onde o número de turistas avançou 4% (contra 6% em 2018). Apesar disso, continua sendo a mais visitada do mundo (51% do total mundial), tendo recebido 743 milhões de pessoas em 2019.
Em 2018, a França se manteve na liderança dos países mais visitados do mundo, com 89 milhões de turistas estrangeiros, seguida de Espanha e Estados Unidos.
A Ásia-Pacífico sentiu o impacto das turbulências políticas em Hong Kong (+5%, contra +7% em 2018), e a África também registrou uma forte desaceleração (+4%, contra +9% em 2018).
O crescimento veio da recuperação do Oriente Médio (+8% de turistas contra +3% em 2018), devido, sobretudo, ao ambicioso plano lançado pela Arábia Saudita para captar turistas estrangeiros.
Para as Américas (+2%), os resultados são “heterogêneos”.
“Ainda que muitas ilhas caribenhas tenham consolidado sua recuperação após os furacões de 2017, ao mesmo tempo, o número de chegadas à América do Sul caiu, devido, em parte, aos distúrbios sociais e políticos” – caso de Chile e Bolívia, por exemplo, afirmou a OMT.
Apesar da desaceleração nas chegadas, o gasto dos turistas “continuou crescendo”, destacou a OMT, com uma forte alta entre os turistas franceses (+11%) e americanos (+6%). Já chineses, brasileiros e sauditas moderaram seus gastos.
Em 2020, o crescimento mundial do número de turistas deve se manter nesta mesma magnitude, entre 3% e 4%.
Niklas Halle’n/Pool via REUTERS
O crescimento do número de turistas no mundo desacelerou em 2019, caindo 4%. Entre os motivos elencados pela Organização Mundial do Turismo (OMT) estão o enfraquecimento da economia mundial, as incertezas geopolíticas e o Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia.
A OMT contabilizou 1,5 bilhão de chegadas de turistas internacionais em 2019. Em 2017 e em 2018, o número de turistas internacionais aumentou em 7% e 6%, respectivamente.
França, Espanha e Estados Unidos devem permanecer à frente da lista de países mais visitados, nessa ordem, conforme os números provisórios disponíveis para 2019 – informaram autoridades da agência da ONU em uma entrevista coletiva em Madri, na Espanha.
“A desaceleração está ligada aos resultados da economia global, com um crescimento econômico em torno de 3%”, explicou Sandra Carvao, responsável pela análise de tendências de mercado na OMT, citando também “bastante incerteza em relação ao Brexit”, uma “economia alemã mais frágil” e o impacto de “temas geopolíticos”.
A quebra da agência de viagens britânica Thomas Cook e de linhas aéreas de baixo custo também contribuíram para este recuo, completou a OMT.
De qualquer modo, Sandra relativizou a importância deste crescimento mais fraco, após dois anos de crescimento “espetacular (…) muito acima do que seria de esperar”.
Tanto 2017 quanto 2018 estiveram marcados por uma forte alta do turismo nos países mais procurados no turismo mediterrâneo (Turquia, Egito, Tunísia), após uma perda no número de visitantes por uma onda de atentados terroristas.
“Não foram anos de crescimento normal (…). Estamos retornando a níveis históricos de crescimento do turismo internacional”, completou Sandra Carvao.
Entre as regiões mais afetadas pela desaceleração, está a Europa, onde o número de turistas avançou 4% (contra 6% em 2018). Apesar disso, continua sendo a mais visitada do mundo (51% do total mundial), tendo recebido 743 milhões de pessoas em 2019.
Em 2018, a França se manteve na liderança dos países mais visitados do mundo, com 89 milhões de turistas estrangeiros, seguida de Espanha e Estados Unidos.
A Ásia-Pacífico sentiu o impacto das turbulências políticas em Hong Kong (+5%, contra +7% em 2018), e a África também registrou uma forte desaceleração (+4%, contra +9% em 2018).
O crescimento veio da recuperação do Oriente Médio (+8% de turistas contra +3% em 2018), devido, sobretudo, ao ambicioso plano lançado pela Arábia Saudita para captar turistas estrangeiros.
Para as Américas (+2%), os resultados são “heterogêneos”.
“Ainda que muitas ilhas caribenhas tenham consolidado sua recuperação após os furacões de 2017, ao mesmo tempo, o número de chegadas à América do Sul caiu, devido, em parte, aos distúrbios sociais e políticos” – caso de Chile e Bolívia, por exemplo, afirmou a OMT.
Apesar da desaceleração nas chegadas, o gasto dos turistas “continuou crescendo”, destacou a OMT, com uma forte alta entre os turistas franceses (+11%) e americanos (+6%). Já chineses, brasileiros e sauditas moderaram seus gastos.
Em 2020, o crescimento mundial do número de turistas deve se manter nesta mesma magnitude, entre 3% e 4%.