Audiência de conciliação será dia 1º
Após mais de um ano fechada, HPM e prefeitura se reúnem para colocar fim ao impasse
O HPM (Hospital Psiquiátrico de Maringá) e a Prefeitura de Maringá se reúnem na sexta-feira, 1º de setembro, para negociar a reabertura da instituição, fechada há um ano. A expectativa é que haja consenso e que a população que necessita de tratamentos psiquiátricos – ou de dependência química – possa voltar a ser assistida no espaço.
Durante todo o ano em que ficou fechado, dirigentes do HPM e representantes da prefeitura discutiram sobre a reabertura e, agora, com mediação do judiciário, dão mais um passo rumo ao retorno dos atendimentos.
Para o vice-presidente do HPM, Maurício Parisotto, esse é um momento de suma importância para que o hospital possa voltar a fazer os atendimentos e desempenhar as funções que o tornaram uma referência no atendimento, após mais de 60 anos de atividade, garantindo atendimento não só a Maringá, mas a pacientes de todo o Paraná.
“Tenho certeza de que durante a audiência de conciliação vai pesar o que todos nós queremos: assistência a toda a população que precisa dos tratamentos que ofertamos. Foi um período muito difícil, não só a nós, do Hospital – que vimos nossos recursos se exaurirem, diante de tantos funcionários que tinham aqui sua renda primária -, mas, também, dos pacientes que buscavam atendimento e, diante da escassez de leitos, não conseguiam o tratamento adequado”, ressaltou.
Com capacidade em operação total de 270 leitos, o HPM é capaz de atender, sozinho, toda demanda de espaço que determina todas as boas práticas de atendimento psiquiátrico dos principais órgãos de saúde, como do Ministério da Saúde, OMS (Organização Mundial da Saúde) e também dos principais estudos científicos sobre o tema. Atualmente, a cidade opera com escassez severa de leitos de psiquiatria, com apenas 52 leitos, sendo que 28% deles é de atendimento secundário nos CAPs, ou seja, internação de curta duração.
Diante da possibilidade do melhor atendimento à população, a própria prefeitura pleiteou a atuação 100% SUS (Sistema Único de Saúde), garantindo acesso integral aos leitos de forma gratuita aos pacientes da cidade, região e de todo o Estado.