Assinaturas do milionário Juarez Artur Arantes foram falsificadas
Laudo de perícia grafotécnica constata falsificação de maringaense morto em 2022
Assinaturas de Juarez Artur Arantes, considerado um dos homens mais ricos de Maringá e falecido em junho passado, foram falsificadas, em documento de prestação de serviços na área imobiliária. A falsificação foi constatada em laudo pela perita grafotécnica Chaiene Oliva, de Foz do Iguaçu, juntado aos autos que tramitam desde maio de 2019 na 1ª Vara Cível de Maringá.
A ação por prática abusiva foi movida pela Uiramutã Administração e Participação S/C Ltda., empresa de Juarez, contra o ex-bancário Maurício Lopes, apontando a falsificação de assinaturas em um “instrumento particular de parceria, assunção de obrigações e outros ajustes” de 19 de março de 2008.
A assinatura de Juarez, que foi filiado ao Partido Verde e candidato a vice-prefeito de Maringá, foi reconhecida em 2011 como verdadeira no documento por um cartório de Porto Camargo, patrimônio de Icaraíma, onde alegou não ter cartão de assinatura. O valor da causa, em dezembro de 2018, era de R$ 2.677.000,00.
Na conclusão do laudo, a perita assinalou: “Quanto à comparação da assinatura questionada e da assinatura verídica é cristalina no sentido de demonstrar a existência de inúmeras divergências, sendo que há pouca, quase nenhuma convergência na comparação realizada, conforme demonstrado na fundamentação do laudo.
Esta perita não identificou no documento questionado “sinais de decalque, sulco, ou ainda outro meio que tenha sido utilizado para transferir as assinaturas questionadas. O resultado desta perícia grafotécnica é considerado divergente e as assinaturas contestadas devem ter sido falsificadas após muito treino sobre o padrão gráfico do Sr. Juarez Artur Arantes, para que se pudesse transpor a mesma por imitação de memória.
Esta perita constata, por fim, que as assinaturas do Sr. Juarez Artur Arantes foram falsificadas, pois existem divergências significativas entre as assinaturas questionadas e os padrões verídicos.” O laudo é de 14 de novembro de 2022.O MN tentou contato com Lopes, sem sucesso. (inf Angelo Rigon)