A autodestruição da comparação
Prestar atenção no outro e admirar o que ele tem de positivo é saudável. No entanto, se comparar ao outro para achar que é menos e se depreciar a ponto de perder a confiança é prejudicial. Essa comparação faz com que a pessoa se afaste dos seus objetivos e desista das ações de conquistas. Consequentemente, é provável que fica estagnada e abra mão dos seus desejos a ponto de acreditar não conseguir superar o desempenho do outro.
A segurança psicológica é relativa, pois ela se sustenta na confiança que a pessoa deposita nas suas habilidades, competências, valores e conquistas. É o mesmo que dizer que um pássaro sente-se confiante em dormir em uma árvore, não porque ele acredita que o galho não vá quebrar, mas por saber voar. Então, quando a pessoa se compara ao outro e se deprecia, ela está colocando em dúvida as características que a constituem como alguém que possa conquistar seu espaço no mundo.
A origem desse movimento psicológico vem da infância, na forma como foi educado e ensinado a acreditar. É comum, ainda na educação infantil, utilizar a comparação negativa para ensinar, mostrando o quanto a criança não é tão boa quanto outras. O problema é que nesse período existe muita diferença de faixa etária entre elas, na qual o adulto que está ensinando não leva em consideração. Quando esse tipo de comparação é frequente, a criança pode constituir como valor o fracasso do seu ser. Caso isso ocorra, ela se sentirá insegura diante de grupos, principalmente quando passa a ser o centro da atenção dos outros. A vivência será muito ruim, já que de imediato pensa que os outros são melhores e que não a levarão em consideração.
Em vez de se comparar com os demais, foque nas suas habilidades e na capacidade que você tem de conquistar o que deseja. Não se compare com o outro, pois cada um possui os seus talentos. Repense seus objetivos, preste atenção no que precisa ser feito e construa com confiança.
Psicólogo Flávio Melo Ribeiro
CRP12/00449
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