Prefeitura de Mandaguaçu deposita lixo coletado a céu aberto
A denúncia partiu de um morador do município de Mandaguaçu (16 km distante de Maringá) que vem acompanhando e registrando através de fotos esse crime ambiental produzido pela prefeitura.
O problema do lixo na cidade provém desde a gestão passada, do ex-prefeito Ismael Fouani, que apenas destinava o lixo para o local sem nenhum tratamento adequado. Em virtude disto o Ministério Público cobrou providências do ex-prefeito que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), se comprometendo a resolver o problema. Em janeiro deste ano o novo prefeito, Mauricio Aparecido da Silva, se deparou com a falta de licitação para a destinação correta do lixo recolhido na cidade e a verdadeira montanha depositada no local a céu aberto. Com o convênio feito com a empresa Ambisul, que tem o aterro sanitário devidamente instalado e legalizado no município de Sarandi, começou a ser trasladados os resíduos sólidos do local que é utilizado como uma espécie de “estação de transbordo”, mas que não segue nenhuma norma e padrão exigidos por lei.
A quantidade de lixo depositada começou a diminuir gradativamente, mas voltou a piorar quando da interrupção feita pela prefeitura de Sarandi, que não queria receber o lixo de outras cidades.
Essa etapa foi vencida na justiça com liminar concedida a Ambisul, que detém o uso do aterro sanitário em Sarandi, porém o que é coletado em Mandaguaçu por dia e depositado no local sem nenhuma autorização legal para os resíduos é bem maior do que o trasladado para o aterro da empresa.
Proprietários de terrenos vizinhos, na região da estrada Lopes, estão apavorados com as consequências ambientais deste lixão feito pela prefeitura; o chorume (líquido percolado de aterro) invade o solo e escorre para nascentes próximas, além de provocar um mau cheiro. O problema que além da falta de adequação correta para esta estação de transbordo, o lixo fica depositado por vários dias até que se faça o transporte, acumulando novamente e preocupando os moradores.