Ironia do destino
O mundo é redondo e o destino pode ser irônico. A vereadora Cris Lauer, denunciada pela Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público por improbidade administrativa (enriquecimento ilícito), pois utilizava como advogado particular seu chefe de gabinete, pago com recursos públicos, foi assunto da sessão de terça-feira por causa de uma reunião de sua iniciativa, à qual chamou de audiência pública, e atirou contra seus colegas que não compareceram.
A ironia está justamente aí, e foi lembrada na dura resposta que o presidente Mário Hossokawa (PP) deu a ela, depois de ter sido citado pela vereadora da tribuna.
Um dos motivos que levaram à denúncia foi justamente a sua ausência a uma audiência pública realizada no primeiro mês como vereadora (23 de fevereiro de 2021), porque no mesmo horário ela e o ex-chefe de gabinete restavam em audiência virtual no juizado Especial Cível.
Recorde que a primeira sessão da Câmara de Maringá de que ela participou Lauer chegou dirigindo um carro sem estar devidamente habilitada. Sua Carteira Nacional de Habilitação havia sido suspensa em 2019, com pendência de curso de reciclagem, e ela dirigiu com a CNH vencida por 740 dias. (inf Angelo Rigon)