Governadora é alvo de ações eleitorais por abuso de poder
Cida Borghetti (PP) deixará sua passagem pelo governo estadual no ano eleitoral de 2018 com duas marcas: o alto gasto com publicidade e a acusação de irregularidades na campanha em que foi derrotada nas urnas
No dia 26, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná pediu a abertura de investigação judicial contra ela e o deputado estadual Nelson Justus (DEM) por abuso de poder político. Além dos dois, um candidato a deputado federal, o prefeito e o vice-prefeito de Guaratuba são acusados de usarem a máquina da administração municipal para fazer propaganda eleitoral. A proposta de Ação de Investigação Judicial Eleitoral é assinada pela procuradora regional eleitoral Eloísa Helena Machado (leia mais).
Segundo a ação, a Prefeitura de Guaratuba foi utilizada para promover as candidaturas de Cida Borghetti, Nelson Justus e de Edenilso Rossi (PMN), convidando comerciantes da região para uma reunião que, em princípio, trataria das diretrizes da administração municipal para o futuro da cidade litorânea. O encontro, porém, serviu para enaltecer os três candidatos em questão.
A Justiça Eleitoral enviou um servidor para comparecer ao evento, realizado cinco dias antes do primeiro turno da eleição. No local, o Clube 33 Eventos e Gastronomia, havia banners, panfletos e adesivos dos três candidatos, o que, para a procuradora “demonstrou ter aquela solenidade finalidade exclusivamente de propaganda eleitoral” e caracteriza abuso de poder político ao “interferir na isonomia entre os candidatos e abalar a normalidade das eleições”. A Procuradoria pede à Justiça que todos eles sejam declarados inelegíveis por oito anos e que o diploma de Nelson Justus, que se reelegeu, seja cassado.
Outra representação, feita pela coligação Paraná Inovador, do governador eleito Ratinho Junior, é contra a governadora, o coronel Sergio Luiz Malucelli, que foi seu vice, Paulo Cesar Rossi e Messias da Silva, por conduta vedada. Eles foram acusados de utilizar servidores públicos em campanha eleitoral (foto), bem como o uso do espaço público do Palácio das Araucárias como depósito de material de propaganda da então candidata do PP. Todos foram intimados a se manifestar pelo juiz Ricardo Augusto Reis de Macedo. (inf Angelo Rigon)