Justiça

“Execução de advogado em local inviolável terá processo contra envolvidos e Estado”, afirma familia

Nesta quinta-feira, 17, policiais invadiram a residência/escritório do advogado Ricardo Eli Diniz, 45, devidamente inscrito na OAB -Ordem dos advogados do Brasil. Os policiais não tinham nenhum tipo de mandado para fazer isso, no entanto lá alvejaram letalmente esse advogado e um cliente seu, na área criminal.
Essa invasão se deu por volta das 9h30. Após a execução a casa/escritório ficou isolada e qualquer acesso esteve proibido até mais das 14 horas. O endereço do advogado já era conhecido há anos, em propriedade própria.
Ricardo Eli Diniz sempre mostrou ser um profissional íntegro profissional e pessoalmente. Isso pode ser facilmente comprovado pois ele não possui processos éticos em andamento e nunca teve. Não tem condenações criminais, nem processos anteriores. Também nunca teve passagens policiais.

O exercício profissional não o coloca como quadrilheiro e nem como praticante de qualquer crime.
A inviolabilidade de seu espaço profissional é garantida por Lei e por e pelo estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.

Na descrição legal, é direito do advogado ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônica ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada por um representante da OAB.
Se não é permitido a inviolabilidade é -muito menos- permitida a execução do advogado e também de seus clientes neste ambiente (também não é permitida essa atrocidade em qualquer outro local.

As informações passadas pelos atrozes é de que houve troca de tiros e que os “bandidos” tinham sido executados.
Uma pessoa só pode ser considerado “bandido” depois de julgado e condenado pela justiça competente. Antes disso nunca. E, não foi esse o caso, nem mesmo no caso dos clientes do advogado.

Não se sabe se o cenário do “crime” fora modificado, alterado ou se a vistoria da perícia teve atos espúrios. Certo é que a família do advogado já está tomando providências em advocacia própria e também assessorada pela advocacia Sabaíne, no intuito de preservar a integridade da memória do executado e também estará em busca dos direitos indenizatórios para a filha menor (15 anos).

Para a preservação, foi solicitada uma perícia particular para contraprova na área de balística para verificação, através de exames, se há resíduo de disparo nas mãos do advogado que teve uma acusação de ter disparado contra os policiais.
O plano de assistência funerária de Ricardo Eli Diniz contemplava a sua vontade de ser cremado, no entanto os advogados optaram pela não cremação para que haja possibilidade de novos exames posteriormente, durante os atos processuais contra o Estado do Paraná. Além de postular a penalização dos envolvidos. (nota divulgada pela família)

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