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Nessa época do ano é bastante comum abrir vagas de trabalho temporário, uns veem como oportunidade de complemento de verba ou mesmo como uma oportunidade de voltar ao mercado de trabalho e com isso se efetivar após a temporada de verão. Mas o importante é levar a sério o trabalho, mesmo que ele tenha uma duração determinada. Sei que isso é difícil, pois psicologicamente quando está próximo do fim as pessoas tende a relaxar e não apresentar a mesma dedicação do início, colocando em risco a imagem do trabalho desenvolvida até então.
Um cuidado que precisa ser tomado durante todo o trabalho é quanto à qualidade do que desenvolve. Pois o funcionário está sendo avaliado, ou pelo próprio empregador, ou por outro empresário que possa querer contrata-lo depois da temporada. Vejo o exemplo do jogador de futebol, quando inicia ele ganha pouco, mas quando tem a oportunidade de jogar ele dá o máximo de si, literalmente “sua a camisa”. Com isso ele tem a esperança de ser visto por um outro time, ou mesmo um empresário que possa oferecer nova oportunidade. Ele sabe que tem outros jogadores ganhando mais, mesmo reconhecendo que ele jogou melhor, não marca gol contra porque ganha pouco. A mesma situação ocorre com o emprego temporário, pode ser que o empregado se dedique e mesmo assim não consiga outra colocação no mercado, mas com certeza se ele trabalhar com má vontade não vai conseguir nova oportunidade.
Essa dedicação quando se trata de um trabalho temporário é difícil de manter, pois quanto mais próximo de terminar, mais a pessoa perde a expectativa de se efetivar quando não teve nenhuma sinalização que isso poderia ocorrer. E quando o desânimo bate o risco da pessoa cometer falhas e demonstrar desinteresse aumenta, deixando dessa forma uma má imagem do trabalho desenvolvido. Existe uma frase que diz “não há uma segunda chance de uma primeira boa impressão”, ela até é verdadeira, mas percebo que tem uma outra situação que é mais significativa: “a última impressão é a que fica”.
Nas duas últimas décadas acompanhando diversas empresas, percebi que ao desanimar o empregado acabava cometendo erros e quando saía o que os colegas lembravam era dos erros recém cometidos. Não perca a oportunidade de construir sua carreira profissional, mesmo sendo num período de temporada.
Flávio Melo Ribeiro
Psicólogo CRP12/00449
A Viver – Atividades em Psicologia desenvolveu programas psicoterapêuticos que possibilitam ser trabalhados em grupos e individual.
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