O abastecimento da frota de veículos da Prefeitura de Maringá já foi prejudicada pela greve dos caminhoneiros, deflagrada na segunda, 21, em todo país. A partir desta quarta, 23, o abastecimento nas bombas da Secretaria de Serviços Públicos será seletivo, privilegiando veículos envolvidos em serviços essenciais.
O secretário de Serviços Públicos, Vagner de Oliveira, explica que serão abastecidas ambulâncias, ônibus e vans do transporte escolar, veículos da abordagem de pessoas em situação de rua e do Conselho Tutelar, caminhões da coleta de lixo, viaturas da Guarda Municipal e da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).
“Vamos preservar os serviços essenciais e ficar atentos para a necessidade de adotar medidas ainda mais restritivas caso a greve se prolongue e o desabastecimento de combustível se acentue”, afirma Vagner de Oliveira. As medidas entraram em vigor nesta quarta, quando todas as secretarias foram comunicadas da decisão.
Medidas também foram adotadas no transporte coletivo a partir de hoje. Nos horários de maior fluxo de passageiros, com o consequente aumento do consumo, o número de ônibus será reduzido em todas as linhas. “Nenhuma linha e horário deixarão de ser atendidos”, afirma o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur.
A continuidade da greve pode exigir medidas mais drásticas, considerando que os estoques da empresa são suficientes para manter o serviço até o final de semana. A redução da frota em circulação busca estender esse prazo, mas se o abastecimento não for restabelecido, a partir da próxima segunda, 28, pode ser drasticamente afetado.
O combustível consumido em Maringá é oriundo da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, localizada em Araucária, mas bloqueios nas estradas não permitem a circulação dos caminhões carregados com óleo diesel e gasolina. “Se não tivermos alteração nesse quadro, a partir de segunda teremos sérios problemas”, afirma Purpur.