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Pai de bailarina morta questiona declarações de dona da chácara

Maurício Borges, pai da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges que foi assassinada no último final de semana, diz que há incongruências nas declarações de Lindalva dos Santos, proprietária da chácara onde a jovem foi encontrada morta no domingo, 26. Em entrevista ao apresentador do programa Cidade Alerta, o jornalista Salsicha, na RIC TV, Borges disse que Lindalva não telefonou para a família ou para qualquer amigo dos contatos no celular de Maria Glória. Lindalva disse, em entrevista no mesmo programa ontem, 28, que o celular da vítima estava descarregado e que colocou para carregar e buscar contatos para avisar a família que a jovem não tinha voltado do passeio que fora fazer à cachoeira no sábado. “Ela (a dona da chácara) quer se eximir de responsabilidade”, declarou o pai.
Borges também contou que a mãe da jovem, Daisa, não saiu acelerando o carro depois que deixou Maria Glória na chácara, no sábado, 25, por volta de 13h30. “Havia cocô de cachorro (na pista) e o carro passou por cima e derrapou”, explicou. Ele destacou também que a filha e a mãe se davam muito bem, que sempre se despediam com muitos beijos e abraços.

O pai da bailarina contou que, segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), de Maringá, a morte ocorreu entre 5 e 6 horas da manhã de domingo, 26. Inicialmente, as informações eram de que ela teria morrido no sábado, no final da tarde. Segundo informações, um grupo de bombeiros civis que fazia um treinamento na chácara realizou buscas no sábado à noite e nada encontrou.Assim, no momento em que fizeram as buscas, tudo leva a crer que Maria Glória estivesse viva. Ele disse ainda que não acredita que tenha sido assalto, pois a mochila de Maria Glória estava intacta. Ele destacou também que o local em que o corpo foi localizado era acessível e fácil de ser encontrado. O corpo foi encontrado pela mãe, Daisa, e pela outra filha, Ana, quando foram buscar Maria da Glória no domingo. Borges citou que a família está chocada, que a mãe, ao ver a filha morta, ficou em ‘transe’ e que todos esperam que o responsável ou responsáveis sejam identificados e julgados pela Justiça. Em entrevista ao programa Meio Dia Paraná, da RPC, filiada da Rede Globo, em Maringá, Maurício Borges citou que a filha lutou muito pela vida e que o corpo dela apresentava muitos hematomas. “A única coisa que queremos é que isso não caia no esquecimento”, desabafou. “Uma hora vamos encontrar os culpados e eu espero justiça“.

A Polícia Civil de Maringá, que colabora nas investigações conduzidas pela Polícia Civil de Mandaguari, onde ocorreu o crime, já ouviu cerca de 30 pessoas. A dona da chácara, Lindalva dos Santos, também foi ouvida e depois foi conduzida a uma sala da delegacia onde são elaborados retratos falados.
Ele informou ainda que os amigos de Maria Glória farão uma manifestação no próximo sábado, dia 1º de fevereiro, contra o feminicídio. O ato será na Praça da Prefeitura de Maringá, às 16h30. (Vanda Munhoz/Frank News)

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