O prefeito Ulisses Maia recebeu no final da tarde desta quarta (31), documento em que a TCCC apresenta cronograma de melhorias no transporte coletivo. A exigência foi feita pelo prefeito em reunião no dia 27 de abril como condição para autorizar o reajuste na tarifa, previsto para entrar em vigor nesta quinta, 1º de junho. Isso não vai ocorrer. O aumento da passagem somente será decidido após análise rigorosa do documento.
Em documento entregue a TCCC, a prefeitura pontuou medidas que a empresa deveria adotar até 31 de maio, estabelecendo prazos para o cumprimento das exigências: instalação de câmeras de monitoramento, ar condicionado e wi fi em toda a frota; criação de novos pontos de venda de crédito e recarga de cartões e opção de pagamento da passagem por outros meios além de dinheiro, como cartão de crédito; e adoção de tabela de linhas para atendimento dos usuários no horário de pico para evitar superlotação.
Sobre wi fi, a empresa informa no documento que iniciará imediatamente o processo de instalação dos equipamentos necessários ao fornecimento de sinal de internet gratuito, comprometendo-se em finalizá-lo em 180 dias a partir e hoje, 31 de maio. As câmeras de monitoramento exigidas pela prefeitura serão viabilizadas sem 270 dias, período em que os equipamentos serão instalados de forma gradativa em toda a frota. O prazo, segundo a empresa, se justifica pelo alto custo das câmeras e necessidade de adaptação dos veículos.
Quanto as formas alternativas de pagamento da passagem, a empresa diz que busca no mercado a opção mais adequada para atender a exigência.
O documento cita convênio assinado entre a Prefeitura de São Paulo e empresa eletrônica coreana que testa aplicativo para compra de créditos e pagamento de passagens via smartphone. Sobre medidas para evitar superlotação dos ônibus nos horários de pico, com ajustes na rede de linhas, a emprega alega aumento dos custos operacionais e invoca a necessidade de estudo de impacto nas tarifas para o cumprimento da exigência.
Sobre ar condicionado nos ônibus, outra medida de conforto para os usuários exigidas pela prefeitura, a empresa alega que a instalação do equipamento em frota já construída ‘é complicada, para não dizer impossível‘. Argumenta ainda que o custo de adaptação seria de R$ 75 mil por ônibus, mas a empresa se compromete em adquirir imediatamente seis unidades de veículos com ar condicionado para testá-los nos corredores de ônibus em construção nas avenidas Kakogawa e Morangueira.
“Vamos estudar com muita tranquilidade o documento apresentado pela TCCC, confrontar dados e entender melhor os prazos sugeridos pela empresa para atender nossas exigências, para então tomarmos uma decisão sobre o reajuste das tarifas. No momento, nossa maior preocupação é melhorar o transporte coletivo a partir de medidas que de fato proporcionem ao usuário mais segurança e conforto – e sem impacto no custo da passagem”, disse o prefeito Ulisses Maia.