A Câmara de Maringá rejeitou na manhã desta terça-feira (19), por 14 votos, uma representação protocolizada nessa segunda-feira (18) pelo técnico judiciário do Ministério do Trabalho em Maringá, José Marcos Baddini, que pedia abertura de processo contra o presidente Mário Hossokawa por “falta de decoro parlamentar e irregularidades conexas”. O pedido teve como base uma discussão entre o vereador Homero Marchese e Hossokawa, na sessão do último dia 12.
O vereador do Partido Verde tem atacado decisões do Legislativo nas redes sociais e foi repreendido por Hossokawa naquela sessão, em que foi lembrado que ele, Marchese, nomeou para seu gabinete um assessor condenado por improbidade administrativa no chamado escândalo Gianoto.
Nos bastidores da Câmara de Maringá a informação que circula é que o autor da representação, Baddini, teria agido como laranja do vereador Homero Marchese (PV), a quem elogia nas sete folhas que acompanham o requerimento.
Mário Hossokawa, mesmo sem previsão do regimento interno, preferiu abrir mão temporariamente da presidência da sessão, que passou a ser comandada pelo vice-presidente Mário Verri. Houve suspensão da sessão por 5 minutos, iniciando-se em seguida a votação. A votação deu-se pelo painel eletrônico, segundo-se o regimento interno. Para a abertura do processo era necessária a maioria simples dos votos. O painel registrou 13 votos contrários, resultado depois retificado para 14, já que o vereador Onivaldo Barris também apertou o botão errado.
Após o voto, o vereador Homero Marchese devolveu os elogios ao autor do pedido, disse concordar com parte da representação, mas disse que o fato foi episódico e não se configuraria falta de decoro parlamentar. O vereador voltou a criticar a imprensa local, citou a Rádio Jovem Pan e ao jornalista Angelo Rigon. Ele extrapolou os minutos de justificativa de voto e teve a palavra cortada por não respeitar o regimento interno. (inf Blog do Rigon)