O Conselheiro Tutelar, Carlos Bonfim, fez uma representação esta semana em nome do Conselho Tutelar de Maringá contra a diretora da escola municipal Ayrton Plaisant na Zona 7, por embaraçar atuação do Conselho, segundo Bonfim o CT tem respaldo para atuação nesse tipo situação conforme artigo 236 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Vamos pedir o afastamento da diretora, uma criança de 7 anos suspeita de abuso sexual, foi impedida pela diretora de ser encaminhada pelo Conselho Tutelar para ser feita escuta qualificada pela psicóloga, a diretora, sabendo da informação, ligou informando a mãe da criança sobre a situação, criando uma situação sem necessidade e indo contrário o que estabelece a lei “, afirmou o Conselheiro.
Bonfim destaca que havia suspeita de abuso sexual e boletim de ocorrência, “foi agendado na data do dia 23 escuta qualificada com a psicóloga da delegacia para verificar se procedia a denúncia, então o Conselho dentro das atribuições, foi até a escola para encaminhar a criança para realizar a escuta já agendada, porém a diretora da escola municipal Ayrton Plaisant, impediu a atração do CT, ela avisou a mãe que retirou a criança da escola antes da aula”, completa.
O procedimento do Conselheiro gerou dúvidas no grupo de WhatsApp Manchete, onde os vereadores Jean Marques (PV), Rogério do Carmo (PR), que são advogados, e Alex Chaves (PHS) indagaram mais detalhes sobre o poder do CT para retirar uma criança da escola sem respaldo judicial ou mesmo sem autorização dos pais.
Carlos Bonfim informou que irá agendar uma reunião com os vereadores e diretores das escolas para informar sobre o protocolo de atuação do CT nesses casos.
A Prefeitura através da Secretaria de Educação não foi avisada da ação do Conselho Tutelar e não afastou a diretora da escola.