Em assembleia realizada hoje pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá na câmara municipal, os servidores da prefeitura aceitaram a proposta de reajuste apresentada pelo prefeito Ulisses Maia (PDT).
Por ser a última pauta pendente, a Campanha Salarial 2017 é considerada encerrada.
Diante da reivindicação inicial de 11,08% da categoria, o prefeito propôs a reposição da inflação de 5,13% – índice previsto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a data-base dos servidores (1º de março). Em ofício encaminhado ao Sismmar e lido na assembleia, a administração alegou “a impossibilidade de conceder índice maior (do que a inflação) em razão do investimento no vale-alimentação”.
No ofício, a administração alega que um servidor que ganhe até R$ 1,5 mil de salário terá, por conta do vale-alimentação de R$ 250 (com contrapartida de R$ 50), ganho real de 13,3%. A presidente do Sismmar, Iraídes Baptistoni, discorda do exemplo dado pela prefeitura porque o benefício não pode ser considerado como salário. Assim, a proposta de Ulisses representa apenas a reposição da inflação.
Outras pautas da campanha salarial, como o próprio vale-alimentação e a criação de lei contra o assédio moral, foram aprovadas na assembleia anterior, realizada em 23 de fevereiro. Houve acordo em todos os itens, com o compromisso da administração de discutir todas as pautas ainda este ano.
Na comparação com anos anteriores, Iraídes avalia como positivas as conquistas desta campanha salarial. “No ano passado, os servidores tiveram de fazer greve para obrigar o prefeito a dar a reposição da inflação, o que é um direito previsto em lei”, explica a líder sindical, referindo-se ao ex-prefeito Carlos Roberto Pupin (PP).
“Uma das coisas mais positivas desta campanha salarial, além do diálogo da administração com o sindicato, foi a pauta da greve de 2016”, diz Iraídes. Nessa pauta, Ulisses propôs devolver em dinheiro dois dias descontados da greve e repor outros três dias nas férias do servidor, além de excluir da ficha funcional qualquer registro de participação dos trabalhadores na paralisação de cinco dias.
Acompanharam a assembleia os vereadores Belino Bravin (PP), Do Carmo (PR), Jean Marques (PV) e William Gentil (PTB). Também esteve presente o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), que pediu a palavra para falar sobre a Reforma da Previdência.
Amanhã às 13h30, no gabinete da Presidência da Câmara, dirigentes do Sismmar terão reunião com a mesa diretora da Casa para discutir a campanha salarial dos servidores do Legislativo.
A categoria pede reajuste de 8% e aprovação da lei do assédio moral. O sindicato entende que a Câmara, que possui uma estrutura menor de funcionários, tem totais condições de atender às reivindicações de seus servidores, independentemente do que foi acordado entre os servidores da prefeitura e a administração municipal.(inf Angelo Rigon/fotoValter Baptistoni)