Fiscais da Secretaria do Meio Ambiente e Bem Estar Animal, da Prefeitura de Maringá, interditaram na tarde desta quarta, 16, empresa de compostagem responsável pelo mau cheiro que incomodava moradores, especialmente da da zona norte da cidade. O embargo impede que a empresa receba resíduos orgânicos até que cumpra exigências para resolver o problema. O descumprimento da interdição sujeita a empresa a multa de R$ 1 mil a R$ 1 milhão. Outras empresas da região devem ser notificadas a readequarem suas instalações para conter o mau cheiro.
O problema do mau cheiro na região começou a ser notificado por moradores no início de novembro. Com o aumento da temperatura, também cresceu o número de reclamações registradas no serviço 156 (Ouvidoria Municipal). No início de dezembro, a Secretaria do meio Ambiente começou a investigar a origem do problema. “Naquele momento não tínhamos nenhuma referência para limitar uma área de fiscalização”, afirma o secretário Ederley Alkamim. O refinamento das informações geradas pelo 156 ajudou a definir uma região geográfica.
Equipes específicas trabalharam na vistoria de empresas com o auxílio da estação meteorológica da UEM para determinar a influência dos ventos na distribuição do mau cheiro. O trabalho acabou por definir uma área específica, onde foi intensificado o trabalho de fiscalização. “Uma série de hipóteses inicialmente levantadas acabaram descartada ao longo dessas verificações de campo”, lembra o secretário. Nas últimas duas semanas foram identificadas empresas que contribuem para o problema, sendo que uma delas era a principal responsável pelo incômodo.
A empresa de compostagem, Maringá Orgânicos, que processa material orgânico oriundo de frigoríficos e granjas, ampliou área de produção e exatamente nesse espaço deixou de cumprir a exigência de isolá-lo com uma fila de árvores. A cobertura vegetal do entorno é decisiva para conter o mau cheiro.