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Jornalista se diz inseguro após transferência de delegado de Maringá

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná divulgou nas redes sociais uma manifestação de solidariedade ao jornalista Angelo Rigon e informa que continua a acompanhar de perto a situação. A nota foi a propósito da anunciada transferência do delegado que cuida do caso que envolve agressões físicas, roubo do celular e invasão de meus dados digitais.
Diz a nota:

O jornalista Angelo Rigon, que foi agredido e teve o seu celular roubado durante uma confusão na Câmara de Vereadores de Maringá no início de outubro, diz estar inseguro após tomar conhecimento sobre a recente decisão do Governo do Estado em transferir o delegado Luiz Cláudio da Silva Alves da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Maringá – 9º SDP, para Comarca de Reserva – 18ª SDP. O delegado é o responsável pelo “caso Rigon”, e a medida pode colocar em risco as investigações.
A decisão teria sido comunicada um dia depois do cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa de dois suspeitos do crime, que seriam ligados ao vereador Homero Marchese (PV). Em 5 de outubro, a Câmara de Vereadores debatia a instalação de uma Comissão Processante contra o parlamentar quando Rigon foi atacado por apoiadores de Marchese. O roubo do celular aconteceu durante essa confusão.
Pouco tempo depois, conteúdos privados do jornalista foram compartilhados ilegalmente em seu blog, que chegou a ficar fora do ar a pedido do próprio Angelo Rigon. O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná se solidariza ao profissional e também é contrário a qualquer medida que possa prejudicar as investigações em andamento, como a transferência do delegado titular do caso, Luiz Cláudio. “Não faz sentido a transferência, ainda mais agora que estão chegando perto dos autores. Eu nunca tive medo, mas temo pela minha integridade física. Me sinto inseguro”, conta Rigon.
Quem também é contra a medida do Governo do Estado é a Associação dos Delegados de Polícia do Paraná (ADEPOL-PR), que repudia a transferência do delegado que investiga o roubo e a agressão ao jornalista. Em nota, a associação afirma que já acionou o seu departamento jurídico e que está tomando medidas para que a transferência seja revertida. “A remoção do delegado está sendo executada de forma arbitrária e sem motivação razoável”, afirma o diretor jurídico da entidade, Pedro Filipe Andrade.
O Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná continua a acompanhar de perto a situação envolvendo o profissional Angelo Rigon. É lastimável que o Governo do Estado não demonstre se importar com o caso. “É um absurdo tirar (o delegado) na hora que ele está trabalhando. Eu imagino que o processo esteja chegando até o final. Não vejo motivo”, desabafa Rigon.

Maringá, 14 de dezembro de 2017.
Sindicato dos jornalistas profissionais do Norte do Paraná

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redação

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