A sessão ordinária da Câmara Municipal de Maringá foi repleta de polêmicas nesta terça-feira (12). Além da discussão entre o vereador Homero Figueiredo Marchese (PV) e o presidente da Casa, Mario Hossokawa (PP) sobre gastos com campanha publicitária, teve um vereador que errou o voto e consequentemente o projeto que proíbe carroças na área urbana de Maringá foi aprovado, por 7 votos a 6, em segunda discussão.
O vereador William Gentil (PTB) contou que apertou o botão errado na hora da votação. Ele é contra a proibição da atividade, mas acabou votando a favor. Ele se manifestou e tentou voltar atrás, no entanto Hossokawa alegou que depois que foi anunciada a quantidade de votos e proclamada a aprovação, não tem como justificar
o voto. “O vereador pode dizer que errou, porém, conforme o regimento, tem que ser antes de o presidente da Casa anunciar a aprovação“, explica.
Os vereadores chegaram a analisar a gravação da sessão para ver em qual momento Gentil tinha se manifestado e foi comprovado que havia sido posterior à aprovação do projeto de autoria do vereador Flávio Mantovani (PPS).
Gentil informou que já está elaborando um projeto de lei que pede a anulação da matéria aprovada hoje. “Não concordo que os carroceiros sejam impedidos de circular em todo o perímetro urbano. Por questão de mobilidade, essa proibição poderia ser feita na área central, mas liberada nos bairros“, defende. Ele
acrescenta que muito se discutiu sobre a questão dos cavalos serem vítimas de maus-tratos, no entanto, ele acredita que a Diretoria de Bem-Estar Animal, criada pela gestão de Ulisses Maia, deveria fiscalizar
e punir o infrator.
Agora, a lei de autoria de Mantovani segue para a sanção do prefeito. Se aprovada, a administração tem 90 dias para regulamentá-la. “O artigo 6º garante que é preciso que a prefeitura capacite e encaminhe os carroceiros para novos setores, para só então impedir a atividade.” Mantovani ressaltou que foram rejeitadas
duas emendas modificativas, uma dele e outra dos vereadores Alex Chaves e Do Carmo, que flexibilizavam o projeto. (inf O Diário)