Acusado de esganar até a morte e jogar do 12º andar a professora Maria Estela Pacheco, o agropecuarista Mauro Janene Costa vai a júri popular no próximo dia 22. Estela tinha 35 anos quando foi encontrada morta no jardim do prédio onde Janene morava, em Londrina, a 390 km de Curitiba. Nesses 17 anos, a defesa do agropecuarista conseguiu adiar o julgamento seis vezes. A informação é do Blog do Paulo Sampaio.
Esta semana, a advogada de Janene pediu a suspensão do júri do dia 22. Gabriela Roberta Silva alegou problemas de saúde — diz que atravessa um começo de gestação complicado. O juiz Luiz Carlos Fortes Bittencourt indeferiu o pedido, afirmando que “a legislação prevê alternativas para este tipo de situação, como o subestabelecimento com ou sem reserva de poderes a outro defensor”. “Mesmo que se trate de uma situação supostamente grave e excepcional, não razoável adiar a sessão mais uma vez”, escreveu Bittencourt.
Procurada pelo blog, Silva não retornou a ligação. A advogada e jornalista Laila Pacheco Menechino, filha única de Estela, diz que apesar da recusa do juiz, “esse pedido preocupa”: “A defesa faz isso para cavar motivo de recurso. Como perderam o pedido em primeiro grau, eles têm direito a recorrer no segundo. Isso vai ser analisado no Tribunal de Justiça de Curitiba pelo mesmo desembargador que infelizmente sempre decide a favor da defesa (Clayton Camargo). De qualquer maneira, se eles conseguirem qualquer coisa no TJ, vão guardar para o dia do júri. Então, é sempre essa emoção”, diz Laila, que também está grávida. Leia mais.