Na manhã desta terça-feira (31), a Polícia Civil de Maringá apresentou para a imprensa, Denis Wilian Fraquetta, de 34 anos, que foi preso na última segunda-feira (30) no centro de Maringá. O homem é suspeito de se passar por médico e atuar por cerca de dois anos na região, com o nome e registro profissional de outra pessoa. Segundo a polícia, ele chegava a ganhar R$ 50 mil por mês.
O caso está sob investigação da Seção de Furtos e Roubos de Maringá, depois de receber uma denúncia da própria empresa que contratou o falso médico. Segundo o chefe da SFR, Everaldo Fernandes, Fraquetta usava o nome de um médico de verdade, que atua em Paranavaí, e foi contratado pela empresa em 2015, mas só recentemente desconfiaram que ele poderia não ser quem dizia ser.
O falso médico teria firmado um contrato com uma empresa administradora de médicos situada em Maringá e essa empresa presta serviço para municípios da região. Então ele foi para Altônia, Bom Sucesso, São Jorge do Patrocínio, onde passou a exercer a profissão de médico. As prefeituras pagavam essa administradora, que repassava o dinheiro a ele. Denis ganhava de R$ 40 a R$ 50 mil por mês, detalha o policial. O investigador conta que, em uma das cidades em que atuou, ele chegou a ser homenageado pela Câmara de Vereadores pelo serviço prestado. Fraquetta não tinha clínica.
Segundo a Polícia Civil, ele era enviado pela administradora aos locais em que deveria prestar o serviço como clínico geral e radiologista, a pedido das Prefeituras. O suspeito chegou a trabalhar como gerente de um consultório para o verdadeiro médico que ele usou o nome.
O verdadeiro médico registrou um boletim de ocorrências na cidade de Paranavaí. Como o contrato desse falso médico com a administradora tinha vencido, a polícia teve um pouco de dificuldade em localizar o suspeito. Depois que veio para Maringá, Denis começou a ser monitorado por equipes policiais. O falso médico foi abordado na segunda-feira (30) na Avenida Brasil quando estava desembarcando da caminhonete dele. Denis apresentou a carteirinha do CRM (Conselho Regional de Medicina) com o nome do médico verdadeiro. Dois estetoscópios que estavam no veículo foram apreendidos juntamente com outros documentos. (inf Taís Nakakura/O Diário)