Política

A história pode se repetir

Proximidade de Silvio Barros II (PP) e Wilson Quinteiro (PL) lembra campanha municipal de 2016

Entende-se que alguns pré-candidatos não têm sido chamados por parte da mídia – especialmente emissoras ligadas a uma família de políticos profissionais – para entrevistas. É o caso de Dr. Batista (União), Francisco Favoto (PL) e Wilson Quinteiro (PL), que já se manifestaram a intenção de disputar o Executivo.

No caso de Wilson Quinteiro, que ontem divulgou uma nota à imprensa sobre o assunto, porém, conspira contra a verdadeira intenção sua relação com a família Barros. Em setembro de 2016, quando tudo dizia que iria para o segundo turno, Quinteiro e Silvio Barros II (PP), que foi o mais votado no primeiro turno, ficaram cochichando num evento no Auditório Dona Guilhermina; não pareciam duas pessoas que seriam adversárias no segundo turno – talvez por isso Ulisses Maia (então no PDT) tenha ido e vencido. O cochichar foi entendido como aproximação demais entre dois favoritos, pois a normalidade política é de disputa entre opostos.

Na semana passada os dois voltaram a ficar lado a lado, durante evento do Republicanos, em Curitiba; o Republicanos em Maringá está nas mãos de Ricardo Barros. Considerando que o sonho do secretário de Ratinho Junior é controlar também o PL, o converseiro da proximidade e sua verdadeira intenção voltou.

Barros, que ofereceu a vice de Silvio ao partido do Delegado Jacovós, teria recomendado a algumas pessoas que ingressassem no PL para, lá na frente, com ele no comando, pudessem vir a ser vice do ex-prefeito que deixou a prefeitura com 40 processos e foi denunciado criminalmente pelo MP, em 2021, por desvios de verbas públicas. Além de Quinteiro, consta que a advogada Josyane Mansano, presidente da Associação de Amigos do Hospital da Criança, também foi orientada por Barros a se filiar ao PL.

Embora escassa ultimamente, a civilidade é algo elogiável, principalmente na política. Mas o fato de Wilson Quinteiro ter se filiado ao PL depois de ganhar e abrir mão do PRD (presidido por um assessor do governador Carlos Massa Ratinho Junior), dois meses depois que o presidente estadual do partido, Fernando Giacobo, havia lançado a pré-candidatura do presidente municipal, deputado Delegado Jacovós, tudo soou como parte de uma estratégia. Mas pode ser que sim, pode ser que não, diria Zé Beto. (inf Angelo Rigon)

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