Cotidiano

Castelo apontado como local do nascimento de rei Artur ganha ponte e atrai turistas no Reino Unido

Até então, visitantes – que chegam a média de 200 mil ao ano – precisavam subir escadaria de 148 degraus. É perto do castelo que fica a lendária Caverna de Merlim. O castelo foi construído no século cinco e foi restaurado no século 13
REUTERS/Peter Nicholls
Quinhentos anos depois de sua criação, o Castelo de Tintagel – apontado na literatura como o lugar onde o icônico e lendário Rei Arthur foi concebido – finalmente tem uma ponte feita de aço para chamar de sua. Até então, os turistas que se aventuravam a chegar no castelo, que fica na ilha de Tintagel, localizada na costa norte do condado da Cornualha, no Reino Unido, precisava subir uma escadaria de 148 degraus.
A obra que facilita a vida dos visitantes – e deve aumentar o número de turistas – começou em outubro de 2018 e foi entregue em 11 de agosto com um orçamento de cerca de 5,5 milhões de euros (R$ 24.570.150). Para chegar ao desenho de ponte construído, foram analisadas seis propostas finalistas que virem de países como França, Bélgica e do próprio Reino Unido.
Foram usadas 40 mil telhas de ardósia – uma rocha formada pela transformação da argila sob pressão e temperatura – e corrimões de carvalho. Há uma abertura de quatro centímetros no meio da ponte que permite que a estrutura se expanda e contraia de acordo com a mudança de temperatura.
Duzentos mil visitantes por ano
A ilha de Tintagel, localizada na costa norte do condado da Cornualha, é considerada por muitos o local de nascimento do lendário rei Arthur. É uma tradição que remonta ao século XII, quando Godofredo de Monmouth descreveu, em seu livro, o castelo que em que Artur foi concebido. Godofredo conta que, através de uma feitiçaria de Merlim, o pai de Artur, Uther Pendragon, se disfarçou de Gorlois, duque da inimiga Cornualha, e dormiu com Igraine, a mãe de Artur.
Obra começou em outubro de 2018 e foi entregue em 11 de agosto
REUTERS/Peter Nicholls
História à parte, o castelo foi construído no século cinco, restaurado no século 13 e, pela ligação histórica com a coroa, tornou-se um destino turístico-histórico e já chegou a receber uma média de 200 mil visitantes anualmente. As ruínas ao redor, conservadas, são um dos grandes atrativos, sobretudo para fotos. Por ali, mar e vegetação. Destaque para o pátio do antigo castelo com os restos da parte principal do castelo, com as ruínas do grande salão, as cozinhas e os alojamentos.
Quem costuma ir ao castelo também aproveita para conhecer a Caverna de Merlim. Dá para chegar lá duas vezes por dia, na maré baixa, descendo até a praia e escalar rochas. Não há comprovação histórica da existência do rei Artur, mas revelação do jornal The Independent mostrou que arqueólogos encontraram resquícios de um grande palácio no local onde o rei supostamente teria vivido.
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redação

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